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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Caça Rafale pode ser extinto caso FAB não adquira seus aviões. Caça russo Sukhoi-Su-35 era o preferido pelos pilotos da FAB

Jornalista Roberto Ramalho com “O Estado de São Paulo”

Reportagem do jornal O Estado de São Paulo, edição dessa quinta-feira, dia 08.12.2011, afirma que o Governo francês estuda cancelar produção se não fechar venda de caças para o Brasil. Com seu avião encalhado, o governo francês abre uma polêmica ao romper um tabu e admitir que considera encerrar a produção do caça Rafale. O jato foi considerado pelo governo brasileiro como o favorito para vencer a licitação aberta para a renovação da frota da Força Aérea Brasileira (FAB). Mas até hoje, a Dassault, fabricante do Rafale, não conseguiu um só comprador fora da França para seu modelo, em mais de uma década de produção e milhões de euros gastos em lobby. As declarações foram feitas pelo ministro da Defesa, Gerard Longuet, e abriram imediatamente um debate no país. Horas depois, o ministro foi obrigado a emitir um comunicado para retificar sua avaliação e prometer publicamente que o avião continuaria sendo fabricado até 2030, pelo menos para suprir as forças aéreas francesas.

Segundo informa O jornal paulista, a crise já havia sido instalada há tempo. A declaração que criou a polêmica foi a de que se o país não encontrasse compradores para seu caça, não teria outra alternativa senão a de fechar a linha de produção. "Se a Dassault não vender seu aparelho ao exterior, a cadeia (de produção) será encerrada", disse o ministro. Segundo ele, se nenhum modelo for vendido, os jatos em fabricação hoje e que estão programados para ser entregues em 2018 serão os últimos a ser produzidos. Longuet foi obrigado a corrigir suas declarações, insistindo que, mesmo sem vender um só jato ao exterior, a Dassault continuará sua linha de produção até 2030 para fornecer os aviões aos militares franceses. Questionado sobre a falta de comprador, o ministro admitiu que o avião francês é mais caro que o norte-americano e que a produção em escala dos Estados Unidos reduz o custo do concorrente. Duzentos aviões Rafale foram encomendados pelo governo francês em 15 anos, enquanto os americanos produziram 3 mil.

Segundo O Estado de São Paulo, as decepções no campo francês se acumulam. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a anunciar que havia fechado o acordo com a França, o que depois jamais foi confirmado. O avião também não está entre os favoritos para os militares brasileiros. Há um mês, foi a vez do governo dos Emirados Árabes afirmar que a negociação mostrava que o avião francês "não era competitivo" e seu preço era "irrealizável". Mas a gota d"água que fez explodir o debate foi a decisão da Suíça de abandonar sua ideia de comprar o Rafale e optar pelo modelo sueco, que também concorre na licitação brasileira. Berna, apesar de acumular reservas bilionárias e não estar sendo afetada pela crise econômica, optou por um avião que economizaria aos cofres públicos US$ 1 bilhão. Para manter a linha de produção em funcionamento, o governo francês foi obrigado em 2010 a encomendar 11 novos caças à Dassault. Além do Brasil, a grande esperança dos franceses é de ganhar a licitação aberta na Índia para a compra de 126 caças, no valor de US$ 8 bilhões. O ministro, porém, garantiu que a manutenção dos aviões em utilização hoje será assegurada pela Dassault pelos próximos anos. Segundo ele, "o fim será para o construtor, não para o usuário" que terá o avião em mãos por até 40 anos.

Repercussão.

De acordo com O Estado de São Paulo, diante da polêmica, a Dassault se recusou a comentar a declaração do ministro. Mas nem a empresa e nem o governo tem consigo evitar comentários na imprensa francesa ridicularizando a falta de capacidade do país de vender seus aparelhos. Programas de humor falam sobre o problema do Rafale, enquanto cartunistas usam os aviões não vendidos para atacar a falta de competitividade da indústria francesa. Nos últimos meses, porém, o governo francês insiste que foi a capacidade militar do Rafale que garantiu que os ataques da OTAN sobre a Líbia tivessem resultados positivos.

COMENTÁRIO:

Não vejo grande vantagem de o governo brasileiro escolher esse caça, após o término da licitação. O avião de caça não tem muita experiência em guerras como tem o norte-americano F-16, mas, ainda assim, preferia que o Brasil tivesse escolhido o Sukhoi-Su 35.

O Su-35, o mais novo caça da família Flanker, é o vencedor da segunda enquete do patrocinado pelo site especializado em guerra “Poder Aéreo”, recebendo quase 50% do total de votos, contra 21% do Rafale.

Algumas inovações introduzidas no Su-35BM:
  • Radar Tikhomirov NIIP Irbis-E (N035E);
  • Canards removidos;
  • Radar Osa tipo ESA instalado na cauda;
  • Novas turbinas AL-41F1A com 14,5 toneladas de empuxo
  • Instalação de flaperons de alta sustentação;
  • Sistema de guerra eletrônica de auto-defesa L175M Khibiny-M;
  • Redução da RCS;
  • Novo sistema fly-by-wire;
  • Novo cockpit com grandes LCDs.
O Sukhoi Su-35 é um verdadeiro caça de superioridade aérea e que impunha respeito. Ele era o caça perfeito pelos pilotos da FAB, para o Brasil, por causa do se custo e beneficio, mas terminou sendo rejeitado na 1ª fase do Projeto FX-2, por causa do forte “lobby” feito pelos americanos e franceses.


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