Governo cubano anuncia a libertação de cerca de três mil prisioneiros num “gesto de boa vontade”
Roberto Ramalho é jornalista
A rede de televisão e rádio britânica BBC informa que Raúl Castro anunciou a libertação de presos políticos, muitos do que estão sendo libertados são doentes, idosos ou mulheres, de acordo com as autoridades
Segundo a BBC o Conselho de Estado cubano, que governa o país, disse que a decisão foi um “gesto de boa vontade” depois de receber inúmeros pedidos de parentes e instituições religiosas. Muitos do que estão sendo libertados são doentes, idosos ou mulheres, de acordo com as autoridades.
Porém, o americano Alan Gross, condenado por crimes contra o Estado, não é um dos libertados pelo governo cubano.
De acordo com a vice-ministra de Relações Internacionais de Cuba, Josefina Vidal, em entrevista à agência de notícias Associated Press o americano, que cumpre pena de 15 anos em uma cadeia cubana por distribuir equipamentos ilegais de comunicação para a ilha comunista, “não está na lista”. A recusa de Havana em libertá-lo causou mais um estremecimento nas relações do país com os Estados Unidos.
O anuncio da libertação dos prisioneiros se deu na Assembléia Nacional nesta sexta-feira, quando o presidente cubano, Raúl Castro fez o pronunciamento. Ele disse que 86 prisioneiros estrangeiros de 25 países seriam soltos e que os diplomatas destes países seriam notificados em seguida.
O presidente também falou sobre a visita iminente do papa Bento 16 como uma das razões para a anistia, dizendo que a atitude humanitária mostra a força de Cuba. Oficiais do governo dizem que algumas pessoas condenadas por crimes contra “a segurança de Estado” também serão libertadas.
Segundo a agência de notícias Prensa Latina. “Todos eles completaram uma parte importante de suas sentenças e mostraram bom comportamento”, com base num comunicado oficial.
Entretanto, as autoridades cubanas ressaltaram que os condenados por crimes sérios como assassinato, espionagem e tráfico de drogas não serão anistiados.
No último mês de julho, o presidente Raul Castro concordou, após conversas com a Igreja Católica, em libertar 52 dissidentes presos desde 2003. As prisões em massa daquele ano, que ficaram conhecidas como a Primavera Negra de Cuba, foram condenadas internacionalmente. Por conta desse fato, a União Europeia cancelou a cooperação com a ilha, que só foi retomada em 2008. Cuba nega a manutenção de prisioneiros políticos, dizendo que eles são mercenários pagos pelos Estados Unidos para desestabilizar o governo.
COMENTÁRIO;
CUBA NÃO PASSA DE UMA DITADURA E QUER SE PASSAR DE BOAZINHA COM A IMINENTE VISITA DO PAPA BENTO 16.
RECONHEÇO QUE EM MATÉRIA DE SAÚDE E EDUCAÇÃO CUBA DEU UM SALTO EXTRAORDINÁRIO, COISA QUE O BRASIL AINDA NÃO ALCANÇOU EM TERMOS DE SAUDE PÚBLICA.
MAS O REGIME PRECISA FAZER MAIS CONCESSÕES E PERMITIR A LIBERDADE DE EXPRESSÃO, DE OPINIÃO, E DE PENSAMENTO.
ALÉM DISSO, PERMITIR A ENTRADA DE EMPRESAS ESTRANGEIRAS VISANDO DESENVOLVER O PAÍS.
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