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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Artigo – O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Roberto Ramalho é jornalista, servidor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas e cipeiro eleito pelo voto dos servidores do HEPR. www.ditoconceito.blogspot.com.br

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência conhecida pela sigla SAMU no Brasil é um serviço de atendimento médico, utilizado em casos de emergência. Sempre quando existe uma ocorrência ou acidente o número a ser ligado é o 192.

Surgiu inicialmente na França, em 1986 como Service d'Aide Médicale d'Urgence - que faz uso da mesma sigla "SAMU" - e é considerado por especialistas como o melhor serviço médico realizado em ambulâncias do mundo.

O Ministério da Saúde, através da Portaria nº 1864/GM , em setembro de 2003, iniciou a implantação do componente móvel de urgência com a criação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, SAMU-192.

O SAMU/192 faz parte da Política Nacional de Urgências e Emergências, de 2003, e ajuda a organizar o atendimento na rede pública prestando socorro à população em casos de emergência.

No Brasil, é oferecido pelo governo federal em parceria com governos estaduais e prefeituras de todo o país, com a finalidade de prover o atendimento pré-hospitalar à população.

O projeto piloto do SAMU brasileiro aconteceu sucessivamente em Porto Alegre e em Ribeirão Preto, sendo, portanto, as cidades pioneiras.

Nas cidades brasileiras onde o serviço é disponibilizado o telefone para solicitá-lo é o 192 e a ligação é gratuita. As ambulâncias do SAMU são divididas em:

· USA – Unidades de Suporte Avançado (UTIs móveis), usadas em casos mais graves

·   USB – Unidades de Suporte Básico

·  VT – Veículos de Transporte, são usadas em casos mais simples

·  MOTOLANCIA: Veículos de intervenção rápida. Usada para fazer um pré-atendimento.

·   AMBULANCHA: Unidade de Socorro Aquático.

Segundo o Ministério da Saúde o sucesso do SAMU depende não apenas do esforço do governo federal, mas de toda a sociedade brasileira. Por isso, o serviço depende de uma gestão unificada com os governos Estaduais e Municipais e seus respectivos conselhos e secretarias de saúde.

De acordo ainda com o Ministério da Saúde o SAMU realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas. O socorro é feito depois de chamada gratuita feita para o telefone 192.  

Segundo a Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina o SAMU-192 tem como objetivos:

1.  Assegurar a escuta médica permanente para as urgências, através da Central de Regulação Médica das Urgências, utilizando número exclusivo e gratuito;

2.  Operacionalizar o sistema regionalizado e hierarquizado de saúde, no que concerne às urgências, equilibrando a distribuição da demanda de urgência e proporcionando resposta adequada e adaptada às necessidades do cidadão, através de orientação ou pelo envio de equipes, visando atingir todos os municípios da região de abrangência;

3. Realizar a coordenação, a regulação e a supervisão médica, direta ou à distância, de todos os atendimentos pré-hospitalares;

4.  Realizar o atendimento médico pré-hospitalar de urgência, tanto em casos de traumas como em situações clínicas, prestando os cuidados médicos de urgência apropriados ao estado de saúde do cidadão e, quando se fizer necessário, transportá-lo com segurança e com o acompanhamento de profissionais do sistema até o ambulatório ou hospital;

5. Promover a união dos meios médicos próprios do SAMU  ao dos serviços de salvamento e resgate do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária, da Defesa Civil ou das Forças Armadas quando se fizer necessário;

6.  Regular e organizar as transferências inter-hospitalares de pacientes graves internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito macrorregional e estadual, ativando equipes apropriadas para as transferências de pacientes;

7.   Participar dos planos de organização de socorros em caso de desastres ou eventos com múltiplas vítimas, tipo acidente aéreo, ferroviário, inundações, terremotos, explosões, intoxicações coletivas, acidentes químicos ou de radiações ionizantes, e demais situações de catástrofes;

8. Manter, diariamente, informação atualizada dos recursos disponíveis para o atendimento às urgências;

9. Prover banco de dados e estatísticas atualizados no que diz respeito a atendimentos de urgência, a dados médicos e a dados de situações de crise e de transferência inter-hospitalar de pacientes graves, bem como  de dados administrativos;

10. Realizar relatórios mensais e anuais sobre os atendimentos de urgência, transferências inter-hospitalares de pacientes graves e recursos disponíveis na rede de saúde para o atendimento às urgências;

11. Servir de fonte de pesquisa e extensão a instituições de ensino;

12. Identificar, através do banco de dados da Central de Regulação, ações que precisam ser desencadeadas dentro da própria área da saúde e de outros setores, como trânsito, planejamento urbano, educação dentre outros.

13. Participar da educação sanitária, proporcionando cursos de primeiros socorros à comunidade, e de suporte básico de vida aos serviços e organizações que atuam em urgências;

14. Estabelecer regras para o funcionamento das centrais regionais.

SAMU, portanto, faz parte do sistema regionalizado e hierarquizado, capaz de atender, dentro da região de abrangência – engloba sempre a capital e os principais municípios -, todo enfermo, ferido ou parturiente em situação de urgência ou emergência, e transportá-los com segurança e acompanhamento de profissionais da saúde até o nível hospitalar do sistema, ou seja, um hospital de médio ou grande porte.

Além disto, intermedia, através da central de regulação médica das urgências, as transferências inter-hospitalares, isto é, entre hospitais conveniados, de pacientes graves, promovendo a ativação das equipes apropriadas e a transferência do paciente.

Equipes do SAMU

Todas as equipes em todo o território nacional trabalham em sistema de plantão, com cobertura por 24 horas, todos os dias da semana, excetuando-se a equipe aérea, onde somente são realizados vôos diurnos.

Em geral essas são as denominações das principais equipes que atuam socorrendo os pacientes estejam eles nas ruas ou em suas residências.

Equipe da central de regulação

Médicos reguladores;

Técnicos auxiliares de regulação médica;

Controladores de Frota e Radioperadores.

Equipe das Unidades  de Tratamento Intensivo Móvel (UTIM)

Médico;

Enfermeiro;

Motorista-socorrista.

Equipe do Helicóptero de Suporte Avançado PRF-SAMU

Médico (SAMU);

Enfermeiro (SAMU);

Piloto (PRF);

Técnico de Operações Especiais (PRF).

Equipes das Unidades Móveis de Suporte Básico

Técnico de Enfermagem;

Motorista-socorrista;

A Rede de Urgência:

As Centrais de Regulação Médica de Urgência do SAMU-192 estabelecem a conexão com toda a rede de saúde na macro-região de abrangência através de telefonia ou rádio.

Rede Nacional SAMU 192

Atualmente, a rede nacional SAMU 192 conta com 147 Serviços de Atendimento Móvel de Urgência no Brasil presentes em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal. Atualmente o SAMU vem se expandindo cada vez mais, levando a garantia de um serviço de qualidade em relação levando a garantia de um serviço de qualidade em relação aos serviços prestados nas residências.

A fundação do SAMU em Alagoas

Segundo matéria da Agência Alagoas desse mês de dezembro de 2020, desde dezembro de 2003, quando foi implantado, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Alagoas o mesmo já realizou 770.874 atendimentos.

É um número bastante considerável nesses 17 anos de funcionamento, completados na quarta-feira (16.12.2020), em plena pandemia causada pelo covid-19, também conhecido por coronavírus ou Sars-cov 2.

O serviço se notabilizou como uma referência para a população alagoana, por assegurar uma assistência pré-hospitalar móvel de qualidade e eficiência.

Em quase vinte anos de atuação, o Samu Alagoas salvou a vida de milhares de vítimas de acidentes de trânsito, de afogamentos, queimaduras, quedas de altura, e de pessoas com ferimentos por arma branca ou por arma de fogo. O serviço também é referência por socorrer alagoanos com suspeita de Acidente Vascular Cerebral (AVC), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), além de tantos outros casos de urgência e emergência.

De acordo com a matéria da Agência Alagoas, o SAMU cobre 100% do território alagoano, com as Centrais Maceió e Arapiraca, além de 35 Bases Descentralizadas. No total, são 59 ambulâncias, distribuídas em 37 dos 102 municípios alagoanos, além de nove motolâncias - que reduzem o tempo resposta nas ocorrências -, e o Serviço Aeromédico, que através de um helicóptero socorre usuários em locais de difícil acesso, agilizando o atendimento, evitando mortes e sequelas.

A supervisora Geral do SAMU Alagoas, Josileide Costa, afirma que a população tem consciência da importância do Samu, pois sabe que todos os socorristas se empenham ao máximo para salvar a vida de todos os pacientes.

Afirmou ela a Agência Alagoas: “Os nossos profissionais se dedicam diariamente há 17 anos para salvar a vida do povo alagoano, prestando um serviço de urgência e emergência pré-hospitalar de excelência para a sociedade. Eles saem todos os dias de casa para cuidar do próximo, não importando onde o paciente esteja, seja em rodovias, nas ruas das cidades, ou mesmo em residências. Onde um alagoano estiver necessitando de socorro, lá irão os nossos socorristas, atuando com agilidade para assegurar um atendimento pré-hospitalar móvel de qualidade. Esse tempo é imprescindível para poder salvar aquela vida e reduzir a gravidade de possíveis sequelas”.

Portanto, o artigo mostra e demonstra a importância da existência e a atuação do SAMU em nosso país.

A equipe de profissionais que atuam em todo o Brasil é do mais alto nível. Lamentavelmente os salários pagos são muito baixos para a responsabilidade da função exercida. Os governadores deveriam fazer um estudo e análise sobre a situação financeira dos servidores e melhora o vencimento de todos.

Muitos terminam fazendo hora-extra para poder ganhar um pouco mais e a grande maioria, por necessidade, trabalham em alguma unidade hospitalar para ter condições de poder ter um padrão de vida mais compatível com a realidade atual.

Concluo prestando meus pêsames a dezenas de profissionais do SAMU que morreram em decorrência do covid-19, enquanto atuavam para salvar seus semelhantes.

A pandemia provocada pelo coronavírus ainda não acabou e os profissionais da área da Saúde continuam trabalhando incansavelmente, inclusive os do SAMU.

Referências

1. https://pt.wikipedia.org/wiki/Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.

2. Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina. https://samu.saude.sc.gov.br/

3. Ministério da Saúde. Decreto nº 5.055, de 27 de abril de 2004, que institui o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Municípios e regiões do território nacional;

4. Ministério da Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt1010_21_05_2012.html. PORTARIA Nº 1.010, DE 21 DE MAIO DE 2012. Redefine as diretrizes para a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e sua Central de Regulação das Urgências, componente da Rede de Atenção às Urgências.

5. Agência Alagoas. http://www.agenciaalagoas.al.gov.br/ – Matéria publicada em 16.12.2020.


terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Governo decide que salário mínimo vai de R$ 1.045,00 para R$ 1.088,00 a partir de 1º de janeiro. Roberto Jorge é jornalista.

O salário mínimo deve passar de R$ 1.045 para R$ 1.088 a partir de 1º de janeiro, de acordo para a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias alterada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, hoje.

A correção considera a inflação acumulada do INPC, de 4,1%. O valor não representa o necessário, de acordo com o DIEESE.

O projeto avalia que cada R$ 1 a mais no salário mínimo eleva as despesas líquidas em R$ 304,9 milhões no ano.

Desde que Bolsonaro assumiu o governo em 1º de janeiro de 2019 o salário mínimo não acompanha a inflação e não há ganho real.

A proposta será analisada pelo Congresso amanhã.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Economistas reduzem previsão de alta do PIB em 2020 e vendas deverão ter queda. Natal de 2020 terá pior volume de vendas dos últimos dez anos. Jornalista Roberto Ramalho. www.ditoconceito.blogspot.com.br

Economistas do mercado financeiro reduziram suas previsões para o crescimento da economia brasileira neste ano e também no próximo, revelou o Banco Central.

Por causa da pandemia causada pelo coronavírus, o crescimento do PIB deverá ser negativo esse ano. O mercado reduziu sua previsão para menos 4,35%, podendo chegar a 5,5%.

Para 2021 a previsão é de uma pequena recuperação, podendo o PIB chegar a atingir 2,10%.

Com a proposta do orçamento de 2021 ainda a ser definida, o governo está prevendo um crescimento da economia por volta de 3% a 4% no ano que vem.

A revisão nas estimativas do mercado para o crescimento da economia acontece após a divulgação do resultado do 3º trimestre deste ano, divulgado pelo IBGE, que registrou um leve crescimento da economia após queda nos dois primeiros trimestres do ano

Como muitos consumidores devem poupar quase a metade do 13º salário, tudo leva a crer que o comércio deverá vender abaixo do previsto nesse Natal e na passagem do Ano Novo. Muitos consumidores estão cautelosos, principalmente porque janeiro é o mês de pagar impostos e comprar material escolar.

Durante o Black Friday a indústria e comércio conseguiram vender razoavelmente, sobretudo pelo e-commerce (comércio eletrônico).

E visando atrair os consumidores – mesmo antes do Natal -, os Shoppings Centers de Alagoas, e o comércio em geral já estão iniciando promoções e liquidações.

  

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Artigo: O dia do Relações Públicas. Roberto Ramalho é jornalista e Relações Públicas, e foi Vice-Presidente da Associação Brasileira de Relações Públicas seccional de Alagoas. 

A profissão de relações públicas surgiu com o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa.

Na virada do século XX, jornalistas denominados simplesmente de "sensacionalistas" estavam colocando o público contra os ricos e também contra os poderosos monopólios industriais que comandavam praticamente tudo naquela época.

Antigas firmas de relações públicas combatiam a publicidade ruim publicando nos principais jornais histórias positivas sobre seus clientes.

E foi exatamente um conhecidíssimo jornalista daquela época, como Ivy Lee, que usou os primeiros comunicados à imprensa para transmitir aos jornais "os fatos" sobre seus clientes incompreendidos, justamente as empresas de transportes ferroviários e de tabaco, bem como a poderosa Standard Oil, de J. D. Rockfeller.

Foi assim que Ivy Lee e outros se tornaram tão bons em esconder, até mesmo, os piores pecados corporativos que profissionais de Relações Públicas ganharam a reputação de "manipuladores da informação". Assim, muito tempo se passou desde a época de Ivy Lee.

Dessa forma, rotular os profissionais de Relações Públicas atuais de desonestos seria totalmente ignorar o quanto persuasivo e importante o trabalho desses profissionais se tornou para pessoas e organizações de todos os tamanhos e tipos.

Concluindo, o profissional de Relações Públicas na atualidade se tornou importante, também, para os pequenos negócios, universidades e organizações sem fins lucrativos, como ONGs, por exemplo, e não apenas para as grandes empresas multinacionais, nacionais, do ramo farmacêutico, imobiliário, bancos, assim como de governos.

O profissional de Relações Públicas tem em seu Curriculum Vitae, não só disciplinas relacionadas ao campo da comunicação, mas, também, ao da administração.

Ele sim é que deveria ser reconhecido pelo Congresso Nacional e pelos governos federal, estaduais e municipais como o verdadeiro profissional responsável pela prática do lobby.

Como se sabe o lobby não é visto como uma prática saudável em nosso país. E essa atividade está devidamente legalizada por meio de uma resolução do Conselho Federal da entidade.