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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011


Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação afirma que ensino público tem déficit de 300 mil professores

Roberto Ramalho com O GLOBO

Número corresponde a 15% dos educadores em sala de aula; baixo salário é entrave. O ano de 2012 começará com velhos problemas na rede pública de ensino. Estimativa da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação aponta déficit de cerca de 300 mil professores no país - nas redes estaduais e municipais -, número que corresponde a 15% do total de educadores em salas de aula (2 milhões). Salários baixos, falta de educadores no mercado, ausência de planos de carreira e mau gerenciamento do quadro de servidores - muitos estão desviados de função - são apontados como causas da carência. Para amenizar a crise, estados e municípios recorreram a concursos e contratos temporários, e professores passaram a lecionar em áreas diferentes da sua formação. Hoje o piso nacional do magistério para 40 horas é de R$1.187. Para o Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino do Rio (Sepe), o valor não motiva a permanência na escola. De acordo com o Sepe, em 2012 a falta de professores continuará a ser crônica na rede estadual, que perderá um educador a cada dia útil por exoneração, mantendo a média deste ano. O déficit nas escolas - a maioria de ensino médio - chegaria a 10 mil profissionais. Na capital, os números são igualmente preocupantes: 5 mil estimados. Essa é uma das manchetes de capa do jornal O GLOBO dessa quinta-feira.

Presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho disse ao O GLOBO (29.12.2011) que a saída é a aprovação, em 2012, do Plano Nacional de Educação (PNE).

Disse ela: “O PNE prevê plano de carreira. O professor quer buscar a chance de crescimento profissional. Se não for feito nada chegaremos a um ponto que haverá orçamento e alunos, mas não educadores”, que aponta as áreas de Química, Física e Matemática como críticas.

Carência atinge todo o país

Falando ao O GLOBO Maristela Kaminski, de 16 anos, que cursou o segundo ano do ensino médio no Colégio Aderbal Ramos da Silva, em Florianópolis, vive uma realidade comum em Santa Catarina. Ela faz parte dos alunos sem aula por falta de professores na rede estadual. A jovem conta que, neste ano, teve aula somente no segundo semestre nas disciplinas de Geografia, Química, História e Sociologia. Levantamento do Sindicato da Educação do estado feito em 400 das 1.234 escolas estaduais apontou que há falta de professor em 90% delas. Cerca de 50% dos professores (34 mil) são temporários. O secretário da Educação, Marcos Tebaldi, afirmou que existem casos pontuais. Mas a assessoria técnica da diretoria de Gestão de Pessoas informou que faltam cerca de dois mil professores e a carência é maior em Matemática, Literatura, Química, e Física, no ensino médio, e Artes, Português, Matemática, e Ciências, no fundamental. Santa Catarina foi um dos estados contrários ao piso nacional do magistério e pagava salário de R$609.

Segundo O GLOBO, em Mato Grosso do Sul, dos cerca de 17 mil professores efetivos e convocados da rede estadual, a metade não é concursada e está em sala de aula substituindo profissionais de licença médica, que estão ocupando outras funções ou cedidos para outros poderes. Já no Rio Grande do Sul, dos atuais 77 mil professores que estão em sala de aula, 26 mil não são concursados. Eles foram contratados por razões emergenciais, substituindo docentes fixos afastados. A Secretaria de Educação do estado do Rio informou que investiu na melhoria salarial. O estado afirma que, neste ano, a carência de professores diminui de 11.773 para 1.550. Está em andamento um concurso para o preenchimento inicial de 3.321 vagas. Já a Secretaria municipal de Educação afirmou que havia déficit de 7.500 professores em 2009. Foram contratados 11.531, faltando hoje 91 educadores.

COMENTÁRIO:

ENQUANTO ISSO, EM ALAGOAS, O DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO TRÁS TODOS OS DIAS DEZENAS DE PROFESSORES SE APOSENTANDO, E O TEOTANIC NÃO TOMA NENHUMA PROVIDÊNCIA NO SENTIDO DE AUMENTAR A CARGA HORÁRIA DOS PROFESSORES QUE ESTÃO NA ATIVA, OU FAZER CONCURSO COM URGÊNCIA PARA AS DISCIPLINAS ONDE AS CARÊNCIAS SÃO GRITANTES.

O DÉFICIT DE PROFESSORES JÁ DEVE ESTAR GIRANDO EM TORNO DOS CINCO MIL, E EU VOU PROVOCAR O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, PARA QUE NOTIFIQUE O GOVERNADOR TEOTONIO VILELA, PARA QUE ELE PROVIDENCIE A REALIZAÇÃO DO CONCURSO PÚBLICO DE QUE ALAGOAS TANTA PRECISA.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011


Com a entrada em vigor do novo salário mínimo de R$ 622,00 em janeiro, a economia brasileira receberá R$ 47 bilhões, segundo informa o Dieese.

O aumento de 14,13% no piso salarial beneficiará 47,6 milhões de pessoas, movimentando principalmente os setores de alimentos e bens de consumo duráveis como calçados e vestuário.

Embora o Brasil não esteja imune aos riscos da crise financeira internacional, economistas, consultorias e bancos acreditam que o próximo ano deve ser de crescimento maior e inflação menor do que em 2011 no Brasil.

Eles estimam que a expansão ficará em, no mínimo, 3,1%, podendo chegar a 4,2%.

A inflação deve recuar para 5,5% no ano que vem, porém ainda longe do centro da meta do governo, fixada em 4,5%.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011


Roberto Ramalho é jornalista

O tradicional jornal argentino “La Nación” afirma hoje que a notícia de que o Brasil superou a Grã-Bretanha e agora seria a sexta maior economia do mundo ”foi o melhor presente de Natal com o qual poderia ter sonhado o governo Dilma Rousseff”.

O “La Nación” destacou que o ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, “celebrou com cautela o fato de o país já ser considerado a 6ª potência econômica do globo, e ressaltou que o Brasil ainda tem muita estrada pela frente para alcançar o nível de vida da União Europeia”.

O ministro Guido Mantega comentou os resultados do ranking e afirmou que os brasileiros só virão a ter um padrão de vida semelhante ao europeu dentro de 10 a 20 anos.

Porém, o diário australiano “The Australian” aproveitou para ironizar seus antigos colonizadores com uma reportagem intitulada “Ai! Brasil depila Grã-Bretanha”, em referência ao celebre método de depilação brasileira, o brazilian wax.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011


Entrevista com Barry McGaw, um dos criadores do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa)

Roberto Ramalho com O Estado de São Paulo

Especialista recomenda a redução do impacto das diferentes origens sociais dos alunos no aprendizado. Um bom currículo escolar deve conter, de forma geral e objetiva, os direitos de aprendizagem dos estudantes, deixando a organização de todo esse processo para os professores e as escolas. É essa a concepção de currículo do especialista no assunto Barry McGaw, ex-membro da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e um dos criadores do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), prova aplicada a cada três anos que fornece dados sobre os sistemas educacionais de 65 países. Ele concedeu uma entrevista especial ao O Estado de S. Paulo – 26.12.2011

Hoje, McGaw se dedica à discussão do currículo australiano. De acordo com o especialista, conforme as diretrizes são implementadas, a Austrália vai precisar de programas de desenvolvimento profissional para os professores. O país também aumentou a carga horária de matemática nos anos iniciais da escolaridade, observando as boas experiências de países como Finlândia e Cingapura, e também deve colocar na grade mais conteúdos de ciências e história.

McGaw esteve no Brasil há um mês, em evento da Fundação Itaú Social, justamente no momento em que o Ministério de Educação (MEC) discute a implementação de uma base curricular comum no País. Abaixo, leia trechos da entrevista que ele deu ao O Estado de São Paulo.

Que benefícios a criação do Pisa trouxe à educação, numa perspectiva global?

Ele nos deu uma discussão muito mais informada dos sistemas de educação nacionais, bem como das comparações entre os países. A evidência que ele nos deu de que alguns países alcançaram altos níveis de qualidade e de equidade simultaneamente tem sido muito influente na discussão da reforma educacional da Austrália.

Em que pontos o Pisa precisa melhorar?

O Pisa está adicionando novos domínios. Nós testamos a resolução de problemas na segunda edição da prova, em 2003. A colaboração na resolução deles está sendo considerada para o Pisa 2015.

Quais são os pontos fortes e os fracos do teste?

Os testes do Pisa avaliam a capacidade de os estudantes usarem o que aprenderam, e não simplesmente se eles aprenderam alguma coisa. Essa é a grande força da avaliação. Seria bom se tivéssemos mais perguntas abertas e menos questões de múltipla escolha. Os funcionários técnicos geralmente querem isso também, mas os funcionários responsáveis pelo orçamento querem mais itens de múltipla escolha, porque que isso mantém baixos os custos da prova. No final, o Pisa acaba sendo um equilíbrio saudável dessas duas considerações.

É possível incluir outros países na avaliação?

O Pisa começou como um programa para os então 29 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mas, mesmo na primeira edição do Pisa, em 2000, havia países de fora da OCDE, além de um grupo que utilizou os testes mais ou menos um ano mais tarde, o que chamamos Pisa Plus. Portanto, havia 42 países na primeira edição da avaliação se incluirmos o Pisa Plus. No Pisa 2009, acho que foram 57. Não sei quantos deverão ser incluídos no Pisa 2012.

O Brasil foi um dos países com o maior avanço no ranking do último Pisa. No entanto, continuamos nas últimas posições. Como resolver isso?

Eu acho que a melhoria do Brasil é muito encorajadora. Não é apenas rankings que você deve olhar. Você deve observar como seus alunos melhoram nas habilidades que as escalas do exame medem. Se os outros países também melhorarem, sua posição no ranking pode não mudar muito, mas você ainda estaria melhorando.

Avaliações nos dão um bom diagnóstico dos sistemas educacionais, mas nem sempre revelam a realidade de dentro da escola - especialmente em países com graves desigualdades sociais, como é o caso no Brasil. É justo comparar escolas em condições tão diferentes? Os resultados dos testes - como o Pisa - não escondem essas disparidades? Como lidar com isso?

Há maneiras de fazer comparações justas entre as escolas. Na Austrália, no site My School, comparamos as escolas diretamente, mas apenas com outras escolas que tenham alunos semelhantes. Existem diferenças marcantes entre as escolas quando elas são comparadas dessa forma, e as escolas com os desempenhos mais baixos não podem dizer que esse é o resultado dos alunos com os quais elas lidam, porque os outros colégios da comparação têm alunos semelhantes. Também publicamos os fundos que cada escola tem para gastar com os alunos. Divulgamos essa informação pela primeira vez neste ano e ela está proporcionando um embasamento melhor para a discussão sobre os níveis de recursos financeiros para as escolas do governo.
Quais os países que o sr.destacaria como referência educacional?

A Finlândia é um nação em que muitas pessoas estão interessadas, mas é difícil vê-la como um modelo específico para o Brasil. Ela é pequena. Tem um corpo docente muito bem visto e muito qualificado. É, por exemplo, mais difícil de entrar num curso de formação de professores que no curso de Medicina na Finlândia. Já o rápido desenvolvimento dos países da Ásia oriental valeria a pena considerar. Cerca de quatro décadas atrás, eles tinham níveis de desenvolvimento semelhantes aos dos países da América do Sul, mas eles evoluíram muito rapidamente. Um dos fatores que levou a isso foi o grande valor que as populações dessas nações dão à educação. Em casos como o de Cingapura e, em certa medida, o da Coreia do Sul, isso ocorreu porque eles reconheceram que seu povo era o seu melhor recurso. Ao contrário da Austrália, eles não têm grandes quantidades de minerais que poderiam cavar e vender não transformados.

Quais as melhores e as piores características desses sistemas?

O ponto positivo é o alto valor que eles dão à educação, mas isso pode levar a uma pressão desproporcional sobre as crianças, por meio de um sistema altamente competitivo, com muitas delas passando horas excessivas fora da escola em aulas adicionais. A Finlândia se destaca pelo fato de que seus estudantes passam menos tempo na escola, não ingressam antes dos 7 anos e não gastam tantas horas na escola a cada ano. E os sistema finlandês vai muito bem assim. É claramente muito eficiente na realização dos seus ótimos resultados.

O que o sr. pensa de sistemas competitivos como o da Coreia do Sul?

Acho que o sistema coloca muita pressão sobre os alunos. Uma vez perguntei, em uma conferência na Correia do Sul, se eles achavam que eles estavam negando a infância a seus filhos. Uma boa parte dos participantes sul-coreanos tinha as mesmas preocupações.

O que é um bom currículo?

Aquele que estabelece claramente o que os alunos têm direito a aprender, mas que não é demasiado prescritivo sobre como a aprendizagem dos alunos deve ser organizada. Isso deve ser deixado para os professores e as escolas, a menos que não estejam suficientemente bem preparados para isso.

Na sua opinião, como o currículo deve ser construído?

O processo exige equipes de especialistas, mas exigem também amplas consultas sobre as primeiras versões do currículo.

O sr. é a favor de que os países tenham currículo único?

Isso depende do quão grande e diversificado é o país. Mas sou a favor de um currículo único para a Austrália, que tem apenas 23 milhões de pessoas. Na década de 1970, tivemos um movimento baseado nas escolas para permitir a variação no currículo, para refletir características locais. Um dos resultados foi que, para as crianças que residiam em regiões onde a classe trabalhadora morava, foi oferecido, por professores de classe média, um currículo menos exigente. Eles achavam que isso era bom para aquelas crianças - mas certamente não para seus filhos, que estavam seguros em escolas de classe média, com altas expectativas de aprendizagem.

Com um currículo único, como fica a autonomia da escola?

A maneira de dar às escolas autonomia é desenvolver um currículo que estabeleça "direitos de aprendizagem" para os estudantes (conhecimentos, compreensão e habilidades que todos devem ter a oportunidade de desenvolver), mas sem especificar como a aprendizagem deles deve ser organizada.

Quais são os principais fatores por trás de um bom sistema educativo?

A qualidade da aprendizagem dos alunos é o critério mais óbvio. Equidade é outra. Não podemos esperar - nem devemos desejar - que todos os alunos sejam iguais. O que podemos fazer é reduzir o impacto das diferenças das origens sociais dos alunos nas diferenças da qualidade da aprendizagem deles. No Pisa, temos visto alguns países - com Finlândia e Coreia - fazerem isso e obterem médias altas.

Entrevistas como essa, você só toma conhecimento aqui no Blog ditoconceito.blogspot.com

domingo, 25 de dezembro de 2011

Governo cubano anuncia a libertação de cerca de três mil prisioneiros num “gesto de boa vontade”

Roberto Ramalho é jornalista

A rede de televisão e rádio britânica BBC informa que Raúl Castro anunciou a libertação de presos políticos, muitos do que estão sendo libertados são doentes, idosos ou mulheres, de acordo com as autoridades
Segundo a BBC o Conselho de Estado cubano, que governa o país, disse que a decisão foi um “gesto de boa vontade” depois de receber inúmeros pedidos de parentes e instituições religiosas. Muitos do que estão sendo libertados são doentes, idosos ou mulheres, de acordo com as autoridades.

Porém, o americano Alan Gross, condenado por crimes contra o Estado, não é um dos libertados pelo governo cubano.

De acordo com a vice-ministra de Relações Internacionais de Cuba, Josefina Vidal, em entrevista à agência de notícias Associated Press o americano, que cumpre pena de 15 anos em uma cadeia cubana por distribuir equipamentos ilegais de comunicação para a ilha comunista, “não está na lista”. A recusa de Havana em libertá-lo causou mais um estremecimento nas relações do país com os Estados Unidos.

O anuncio da libertação dos prisioneiros se deu na Assembléia Nacional nesta sexta-feira, quando o presidente cubano, Raúl Castro fez o pronunciamento. Ele disse que 86 prisioneiros estrangeiros de 25 países seriam soltos e que os diplomatas destes países seriam notificados em seguida.

O presidente também falou sobre a visita iminente do papa Bento 16 como uma das razões para a anistia, dizendo que a atitude humanitária mostra a força de Cuba. Oficiais do governo dizem que algumas pessoas condenadas por crimes contra “a segurança de Estado” também serão libertadas.

Segundo a agência de notícias Prensa Latina. “Todos eles completaram uma parte importante de suas sentenças e mostraram bom comportamento”, com base num comunicado oficial.

Entretanto, as autoridades cubanas ressaltaram que os condenados por crimes sérios como assassinato, espionagem e tráfico de drogas não serão anistiados.
No último mês de julho, o presidente Raul Castro concordou, após conversas com a Igreja Católica, em libertar 52 dissidentes presos desde 2003. As prisões em massa daquele ano, que ficaram conhecidas como a Primavera Negra de Cuba, foram condenadas internacionalmente. Por conta desse fato, a União Europeia cancelou a cooperação com a ilha, que só foi retomada em 2008. Cuba nega a manutenção de prisioneiros políticos, dizendo que eles são mercenários pagos pelos Estados Unidos para desestabilizar o governo.

COMENTÁRIO;

CUBA NÃO PASSA DE UMA DITADURA E QUER SE PASSAR DE BOAZINHA COM A IMINENTE VISITA DO PAPA BENTO 16.

RECONHEÇO QUE EM MATÉRIA DE SAÚDE E EDUCAÇÃO CUBA DEU UM SALTO EXTRAORDINÁRIO, COISA QUE O BRASIL AINDA NÃO ALCANÇOU EM TERMOS DE SAUDE PÚBLICA.

MAS O REGIME PRECISA FAZER MAIS CONCESSÕES E PERMITIR A LIBERDADE DE EXPRESSÃO, DE OPINIÃO, E DE PENSAMENTO.

ALÉM DISSO, PERMITIR A ENTRADA DE EMPRESAS ESTRANGEIRAS VISANDO DESENVOLVER O PAÍS.

sábado, 24 de dezembro de 2011



Roberto Ramalho é jornalista e pesquisador

O nascimento de Jesus Cristo aconteceu numa Belém mais ao norte, bem perto de Nazaré, onde o Novo Testamento conta que Jesus passou a infância, e não onde afirma o povo judeu hoje.

A tese é baseada em dados históricos, citações do Antigo e Novo Testamentos e mais de dez anos de escavações realizadas pelo arqueólogo israelense, Aviram Oshri.

O arqueólogo está convicto e totalmente convencido de que Jesus nasceu em Belém da Galileia, e não em Belém da Judeia (ou Zebulun).

Porém, a versão tradicional é outra. Segundo o Evangelho de Mateus, grávida de nove meses, Maria viajou montada em um burro de Nazaré, na Galileia, até Belém, onde Jesus teria nascido.

Disse o arqueólogo: "Se ela percorresse mesmo essa distância (100 km) teria dado à luz muito antes", conclui Oshri.

"Faz muito mais sentido que a Belém do nascimento seja a da Galileia, que fica a apenas 7 km de Nazaré”, afirma com segurança o arqueólogo.

Historiadores do cristianismo sugerem que os autores do Evangelho trocaram as Beléns para associar Jesus ao rei David, que vinha da Judeia. Ele e Cristo teriam a mesma linhagem familiar, segundo as escrituras hebraicas.