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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

sábado, 3 de dezembro de 2011


PREÇOS CAEM ATÉ 20% APÓS ANÚNCIO DO PACOTE DO GOVERNO
Governo anuncia medidas para aumentar o crédito e incentivar o consumo no Natal. Comércio age com rapidez e reduz o valor dos eletrodomésticos. Para exorcizar o fantasma da estagnação econômica, sustentar o PIB em 2012 e segurar a inflação, o Palácio do Planalto deu sinal verde à onda de consumo neste fim de ano. Além de facilitar o acesso e baratear os financiamentos, o governo reduziu impostos de geladeiras, fogões, máquinas de lavar e até do pão e das massas. A União deixará de arrecadar R$ 7,6 bilhões. Governo reduz impostos de eletrodomésticos e do crédito e dá estímulos a investidores para garantir crescimento de 5% em 2012. O governo providenciou ontem os ingredientes que faltavam para turbinar o Natal dos brasileiros. O Ministério da Fazenda anunciou um amplo pacote de medidas tributárias que reduziu o imposto sobre eletrodomésticos da linha branca e alimentos, por um lado, e abriu as torneiras do crédito ao consumo e aos investimentos, na outra ponta. De uma só vez, a pasta chefiada por Guido Mantega reduziu as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de fogões, geladeiras e máquinas de lavar (veja o quadro) e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para empréstimos às pessoas físicas e para operações no mercado financeiro. Mais que reforçar as vendas de fim de ano, o objetivo da presidente Dilma Rousseff é iniciar 2012 com o pé no acelerador — o Produto Interno Bruto (PIB) ficou estagnado no terceiro trimestre deste ano — e garantir crescimento da economia de pelo menos 5% no segundo ano de mandato. Correio Braziliense - 02/12/2011.
Segundo o Correio Braziliense, as desonerações devem custar aos cofres públicos renúncia fiscal de R$ 7,56 bilhões, mas a estimativa do governo é de que a expansão da atividade, decorrente do pacote, compense as perdas de arrecadação. A fórmula é praticamente a mesma adotada no fim de 2008, quando o ex-presidente Lula pediu aos brasileiros para consumir sem medo. Na época, com o mundo em ruínas por causa da quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, o recado funcionou. Não por acaso, está sendo repetido agora. "O consumidor deve pesquisar, pechinchar. Mas pode gastar sem susto, porque seu emprego está garantido. Os trabalhadores podem confiar. Se pararem de comprar, as empresas também param de investir", destacou Mantega. O pacote faz parte de uma estratégia do governo para blindar o país dos efeitos externos da crise e impulsionar o mercado interno, que dá claros sinais de enfraquecimento. Além da redução de imposto para a linha branca, da ordem de 10 pontos percentuais, também foram anunciados o corte no IPI da palha de aço, de 10% para 5%, e a isenção da alíquota sobre o papel sintético. O PIS/Cofins das massas alimentícias foi derrubado de 9,25% para zero, e a isenção da farinha de trigo e do pãozinho, que venceria no fim deste ano, foi prorrogada para dezembro de 2012. Mas não foi só.
Financiamento
De acordo com Correio Braziliense, para baratear o crédito e fazer com que as prestações caibam no bolso, a Fazenda reduziu de 3% ao ano (0,0082% ao dia) para 2,5% ao ano (0,0068% ao dia) a carga de IOF sobre os empréstimos e financiamento aos consumidores. A revisão do encargo complementa a ação do Banco Central, que liberou os bancos, há 20 dias, das amarras impostas no fim do ano passado, quando a inflação era uma grande ameaça ao país. As instituições ficaram com mais dinheiro em caixa para emprestar em até 60 meses. O BC também promoveu, anteontem, o terceiro corte seguido de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), para 11% ao ano.
O assessor econômico da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio-SP), Altamiro Carvalho, explicou ao Correio Braziliense, que o pacote tem caráter preventivo, ao contrário do adotado em 2009, já diante da queda na atividade. "As medidas do governo tentam evitar a paralisação do comércio no início de 2012. O consumo tem sido uma das principais molas de propulsão da economia interna e dos investimentos. O governo agiu cedo e terá um resultado melhor", analisou. O economista lembrou ainda que a queda do IPI para a linha branca derruba, indiretamente, a carga de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "Ele é cobrado sobre o valor do produto já com o IPI e é um dos tributos mais pesados para a indústria atualmente", emendou. O mercado financeiro, fonte de recursos para as empresas na hora de investir, também foi agraciado com o conjunto de desonerações. Entre elas, o corte de 2% para zero no IOF que incide sobre as aplicações de estrangeiros em ações na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) e sobre a compra de títulos de empresas privadas, com duração superior a quatro anos. "As medidas mostram a preocupação do governo com a crise externa e tentam proteger o mercado interno por meio do estímulo ao crédito e da redução dos juros. No comércio, o reflexo é imediato e, para o restante da economia, os frutos serão colhidos no primeiro semestre do ano que vem", previu o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.
Inflação
Na visão do economista, o aquecimento no comércio não deve pressionar a inflação, mesmo com a Selic mais baixa, uma vez que o corte de impostos ocasiona a redução dos preços. O efeito final, prevê Rosa, será o aquecimento da economia e a possibilidade de o BC continuar reduzindo os juros. "A reação da atividade, sobretudo da indústria, ficará mais evidente no meio de 2012, quando os resultados do corte da taxa básica serão mais perceptíveis", completou.
Segundo apurou o Correio Braziliense, embora as previsões para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano estejam próximas do teto da meta, de 6,5%, o ministro Mantega afirmou que o quadro é favorável. "A inflação está sob controle. Podemos dar uma acelerada (no consumo), até porque há um compromisso dos setores beneficiados de que manterão os empregos. E também de que a redução de tributos e o barateamento dos preços serão repassados para a ponta (aos clientes)", justificou. O governo aposta todas as fichas que a inflação fechará 2012 próxima do centro da meta, de 4,5%. Mantega garantiu que o governo fará a sua parte, mantendo o equilíbrio dos gastos. "Em 2011, gastamos menos do que recebemos. Em 2012, continuaremos da mesma forma", assegurou. Dirigindo-se aos empresários presentes, o ministro reforçou que, em contrapartida, a indústria deve aumentar a produção para atender ao mercado interno e não demitir. "Senão, o importador toma o lugar de vocês", ameaçou.
Impacto pequeno
Contrária ao discurso do governo, a Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) considerou que as medidas de desoneração e redução dos encargos financeiros sobre os empréstimos terão pouco impacto no bolso do consumidor. "Não devem estimular muito as compras nem o endividamento, porque o efeito (nas taxas de juros) é muito pequeno", comentou o vice-presidente da entidade, Miguel de Oliveira. Para ele, aqueles que quiserem se beneficiar da redução terão que pesquisar muito os preços antes de adquirir qualquer produto. "É necessário ter cuidado, principalmente na linha branca (geladeira, fogão e máquinas de lavar), para ver se os comerciantes vão mesmo repassar a redução do imposto", recomendou.

COMENTÁRIO DE ROBERTO RAMALHO

SUGIRO AOS MEUS LEITORES QUE AINDA NÃO COMPREM NADA AGORA. DEIXEM PARA COMPRAR – ASSIM COMO VOU FAZER – APÓS A PASSAGEM DO ANO, EM RAZÃO DO COMÉRCIO TER QUE DESOVAR OS ESTOQUES E AI FAZER AS FAMOSAS “LIQUIDAÇÕES” DE INÍCIO DE ANO.

NESSE SENTIDO, IRÃO COINCIDIR AS LIQUIDAÇÕES COM A ENTRADA REALMENTE EM VIGOR DA REDUÇÃO DO IPI. AI SIM O CONSUMIDOR FINAL SERÁ BENEFICIADO.

O CONSUMIDOR FINAL PRECISA APRENDER A COMPRAR O QUE PRECISA NO MOMENTO CERTO E OPORTUNO, E SABER O QUANTO PODERÁ GASTAR.

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