Artigo
– A Reforma política a caminho
Roberto
Ramalho é advogado e jornalista
A
reforma política que o Congresso Nacional pretende aprovar, creio que ainda
este ano, tende a acabar com a forma como são eleitos hoje os deputados
federais e estaduais, além dos vereadores, e dar um fim à reeleição 18 anos
depois de o regimento ser criado, passando o mandato de presidente da
República, governador e prefeito para cinco, e não mais quatro anos.
O
debate promete também muita polêmica quanto ao financiamento das campanhas, se
público ou privado.
Desde
2002, o Congresso Nacional tenta fazer a reforma política, mas os desentendimentos
são muito grandes com cada um dos 513 deputados fazendo sua própria defesa.
Reforma
Política é o nome dado ao conjunto de propostas de emendas constitucionais e
revisões da lei eleitoral com fins de tentar melhorar o sistema eleitoral
nacional, proporcionando, segundo seus propositores, maior correspondência
entre a vontade do eleitor ao votar e o resultado final das urnas.
O Brasil usa o sistema proporcional de lista aberta com
coligações para as eleições de deputados federais, estaduais e vereadores.
Assim sendo, sob esse sistema,
todos os candidatos são ligados a alguma legenda, que pode ser uma coligação de
vários partidos ou um único partido não coligado.
Dessa forma, cada eleitor vota
simultaneamente no candidato e na legenda a qual ele pertence, ou somente na
legenda, se preferir.
Assim, as vagas são distribuídas
proporcionalmente conforme o somatório de votos para cada legenda, usando o
chamado quociente eleitoral. Os candidatos mais votados
de cada legenda terminam sendo os eleitos.
O Congresso Nacional está
analisando atualmente as seguintes propostas a saber:
Voto proporcional de lista fechada: Nesse tipo de proposta os
eleitores passariam a votar apenas no partido ou coligação e a escolha de quais
candidatos seriam eleitos dependeria de uma lista definida pelos partidos
políticos antes da eleição.
Voto proporcional de lista flexível: Seria uma combinação do voto em
lista aberta e outra fechada. Nesse tipo de proposta cada partido ou coligação
elaboraria sua própria lista - semelhante à lista fechada -, todavia cada
eleitor, se quiser, pode escolher seu próprio candidato (como na lista aberta).
Seria a melhor proposta para o País uma vez que os candidatos
que recebessem uma grande quantidade de votos seriam eleitos, independentemente
de sua posição na lista. As demais vagas seriam preenchidas pela ordem da lista
partidária.
Há outras alternativas
como o voto distrital, e o voto distrital misto, ambos muito
polêmicos e que precisam de um estudo mais aprofundado para serem
implementados.
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