Ajuste
fiscal para Estados e municípios é adiado
Jornalista Roberto Ramalho
A decisão
da presidente Dilma de adiar a negociação das dívidas de prefeituras e estados
com a União abriu nova crise entre governo e aliados.
A lei que
altera o cálculo das dívidas foi aprovada ano passado, mas o Palácio do
Planalto decidiu retardar sua aplicação, em nome do ajuste fiscal.
Revoltado
com a situação o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, entrou na Justiça
para fazer valer a lei. Outros prefeitos e governadores devem fazer o mesmo.
Conforme mostrou O GLOBO, Eduardo Paes entrou com uma ação na Justiça cobrando a aplicação do novo indexador que aliviaria os desembolsos mensais do Rio com o pagamento da dívida.
Antes de recorrer ao Poder Judiciário, Paes
questionou Joaquim Levy sobre a validade da lei e obteve como resposta que a
União precisava de mais tempo para mudar os contratos.
Como o prazo pedido pelo ministro estourou na
semana passada, Paes deu entrada com a medida judicial.
Segundo participantes da reunião, Levy pontuou que
há uma divergência de entendimento entre o ministério da Fazenda e o prefeito
do Rio. Enquanto para o governo federal a lei aprovada e sancionada em dezembro
do ano passado ainda precisa ser regulamentada, Paes defende que ela teria que
ser aplicada imediatamente.
De acordo com os presentes ao encontro, não houve
entendimento.
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