Jornalista Roberto Ramalho
Numa união entre partidos políticos governistas e de oposição, representantes de 18 legendas decidiram pedir ao Tribunal Superior Eleitoral que libere candidaturas de 21 mil políticos que tiveram contas de campanha rejeitadas na última eleição.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu barrar os registros desses políticos, numa iniciativa que reforça a Lei da Ficha Limpa.
O primeiro a recorrer da decisão foi o Partido dos Trabalhadores (PT).
Nessa quarta-feira, partidos como PMDB, DEM, PSDB e PP assinaram uma moção de apoio aos petistas e vão levar o caso ao TSE.
O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO) nega na iniciativa a tentativa de proteger políticos com ficha suja. Disse ele: "A Lei da Ficha Limpa é uma coisa e essa resolução é outra, o que queremos é o respeito ao prazo da anualidade", alega.
Por sua vez, o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), reitera não existir "nenhuma segunda intenção" contrária à Lei da Ficha Limpa. Segundo ele, "Não se trata de defender a ficha suja, não é isso", acrescenta.
Somente nos estados de Minas, Rio de Janeiro e São Paulo, 1.756 políticos tiveram contas reprovadas e estariam impedidos de concorrer nas eleições deste ano.
Os dirigentes partidários afirmam que a proposta não prejudica a adoção da Lei da Ficha Limpa.
Porém, para especialistas em Direito Eleitoral e Direito Constitucional, o TSE não deve ceder à pressão dos partidos políticos, sob pena de prejudicar a lisura do pleito.
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