Vice-presidente do Facebook na América Latina é preso em São Paulo por negar dados do WhatsApp
Roberto Ramalho é jornalista, relações públicas e colunista do Portal RP-Bahia
Diego Dzodan descumpriu ordem de um juiz de Sergipe para prestar informações.
No momento da prisão, ele estava indo para o trabalho no Itaim Bibi. Diego Dzodan, do Facebook, foi preso em casa, em SP.
Segundo o Site do jornal O Globo, no início da noite desta terça-feira os advogados do Facebook entraram com Habeas corpus pedindo a liberdade do o vice-presidente do Facebook para a América Latina, Diego Dzodan, preso no início da manhã em São Paulo, pelo descumprimento de uma determinação judicial que exigia da empresa a quebra do sigilo de mensagens trocadas pelo aplicativo WhatsApp, comprado há dois anos pela companhia.
O Habeas corpus foi distribuído para o plantão judiciário e está nas mãos do desembargador Rui Pinheiro, que pode ou não julgá-lo ainda hoje.
Em comunicado, o WhatsApp informou que discorda dessa “medida extrema”. Segundo o app, é impossível fornecer as informações exigidas pela Justiça.
Em comunicado a Polícia Federal informa que a prisão foi pedida pelo "reiterado descumprimento de ordens judiciais em investigações que tramitam em segredo de Justiça e que envolvem o crime organizado e o tráfico de drogas".
O Whatsapp vem reforçando o seu sistema de criptografia de ponta a ponta. Assim sendo, as mensagens são protegidas desde a saída do celular do remetente até a chegada ao destinatário, passando pelos servidores da companhia, sem que ninguém possa acessá-las, nem mesmo o aplicativo.
O WhatsApp tem mais de 1 bilhão de seguidores em todo o mundo.
Atualmente se debate se dados estritamente pessoais dos seguidores desses aplicativos podem ser quebrados pelo Poder Judiciário.
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