Ministro Gilmar Mendes suspende posse de Lula no cargo de ministro da Casa Civil. Plenário deverá decidir feito em grau de recurso.
Roberto Ramalho é jornalista e colunista do Portal RP-Bahia
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes determinou nesta sexta-feira (18) a suspensão da posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil do governo Dilma Rousseff.
Ele determinou ainda que as investigações da Operação Lava Jato sobre o Lula fiquem sob a condução do juiz Sérgio Moro.
Há muito tempo que o ministro Gilmar Mendes vem fazendo afirmações contra o governo da presidente Dilma, e durante todo esse tempo vem tendo embates com diversos setores da sociedade, inclusive teve uma forte discussão com o ex-ministro Joaquim Barbosa, assim como também, praticado atitudes polêmicas.
Gilmar Mendes é o mesmo que concedeu habeas corpus para médico estuprador Roger Abdelmassih, contrariando evidências de ter estuprado dezenas de mulheres submetidas a tratamento de fertilização in vitro.
O médico havia sido condenado a 278 anos de cadeia e com o habeas corpus do ministro Gilmar Mendes acabou fugindo do Brasil para o Líbano e depois para o Paraguai onde finalmente terminiou sendo capturado pela polícia local e entregue a Polícia Federal.
O médico Roger Abdelmassih foi condenado a 278 anos de cadeia por violentar 37 mulheres e abusar sexualmente de outras tantas.
De origem libanesa, Abdelmassih, ficou desfrutando da sua fortuna e de uma liberdade imerecida. Como o Brasil não tinha e nem tem tratado de extradição com o Líbano ele só foi preso depois de retornar ao Brasil por onde andou disfarçado até ser preso em definitivo no Paraguai.
Depois da condenação, o médico ficou preso na Polícia Federal, aguardando recurso de sua defesa diante da sentença que o condenou a 278 anos de cadeia. Abdelmassih gozava de fama e reconhecimento no meio profissional, tendo sido um dos precursores da inseminação in vitro no Brasil.
Durante anos tramitaram processos contra ele na justiça, até ficar comprovado que ele violentou dezenas de mulheres, entre 1998 e 2008.
Temendo sua fuga do país, a juíza Kenarik Boujikian Felippe determinou que ele fosse mantido na prisão. Porém, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), na época o ministro Gilmar Mendes, mandou soltar o estuprador que permaneceu na cadeia apenas quatro meses, entre agosto e dezembro de 2009.
Em 2011, a Polícia Federal alertou que ele estava tentando tirar passaporte. A prisão foi novamente requisitada, mas o criminoso continuou em liberdade condicional. Pouco depois, Abdelmassih foi dado como foragido, até ser anunciada a sua presença no Líbano.
O ministro Gilmar Mendes nunca explicou à sociedade sua decisão, nem tampouco respeitou às mulheres e famílias ultrajadas pelo criminoso.
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