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segunda-feira, 28 de março de 2016


Artigo - O afastamento e rompimento do PMDB com o governo da presidente Dilma e o perigo de uma grave crise político-institucional 

Roberto Ramalho é advogado, jornalista e colunista do Portal RP-Bahia

Segundo informa o site do jornal “O Globo”, após dar como perdida a batalha para manter o PMDB na base aliada, o governo decidiu fazer um mapeamento dos cargos hoje ocupados por apadrinhados peemedebistas — o objetivo é redistribuir esse espólio a outros partidos que possam dar votos para salvar a presidente Dilma Rousseff do processo de impeachment no Congresso.

Ainda assim Dilma Rousseff tenta convencer ministros do PMDB a continuarem em sua gestão.

A exatamente um dia de o PMDB decidir o desembarque do governo, - o que provavelmente deverá ocorrer -, a presidente se reuniu com ministros do partido para conversar. A legenda tem sete ministros na atual gestão e o maior temor do Palácio do Planalto é que a saída do PMDB termine levando outros partidos aliados para a oposição.
Dificilmente o PMDB deverá permanecer no governo, embora ainda reste alguma esperança, o que é improvável.

O que existe atualmente é uma tentativa de se conseguir unanimidade na decisão, o que também é improvável.

As contas da executiva nacional do partido mostram que pelo menos 80% dos parlamentares votarão pelo afastamento do governo da presidente Dilma Rousseff.
O divórcio já é praticamente inevitável nesse momento de tensão e aflição para a presidente Dilma.

Na minha opinião, o PMDB sempre foi uma legenda de oportunistas e é e foi governo durante as gestões de José Sarney, de Itamar Franco, de Fernando Henrique Cardoso, de Luis Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff.

Caso o Impeachment passe na Câmara dos Deputados e a presidente Dilma Rousseff seja afastada, após os votos em plenário, assumirá interinamente, até o seu julgamento no Senado, o vice-presidente Michel Temer, do PMDB.

Caso ele assuma interinamente por seis meses e a sua gestão falhar, poderá haver manifestações desfavoráveis a seu governo, podendo ser criado um clima de instabilidade política ainda maior, uma crise gravíssima sem precedentes, e ai sim, a possibilidade de intervenção militar, mesmo temporária, até que a situação esteja sob controle.

Não seria um golpe de Estado, porque acredito que os militares das Forças Armadas acreditam na manutenção do Estado Democrático de Direito, e grande parte dos jovens, de até aproximadamente 35 anos, que não viveram num estado de exceção, jamais aceitariam viver sob uma nova ditadura.

Essas pessoas só conhecem e vivem sob liberdade: de opinião, de expressão, de ir e vir e de pensamento.

Seria muito sofrimento para elas e muito desses jovens também são filhos e netos de militares e estão acostumados com o regime democrático.

Além disso, a própria sociedade civil organizada também jamais aceitaria isso. Creio que se viesse a acontecer uma intervenção militar, ela seria passageira.

Os grandes pensadores iluministas como Rosseau, Montesquieu, Hobbes entre outros, sempre lutaram por democracia e liberdade.

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