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quarta-feira, 16 de março de 2016

Confirmado: Lula será o novo ministro da Casa Civil


Roberto Ramalho é jornalista e colunista do Portal RP-Bahia

A presidente Dilma Rousseff se reuniu na manhã desta quarta-feira (16) com o seu antecessor, o ex-presidente Lula, em um esforço que é considerado a última cartada da petista para evitar a abertura do processo de impeachment. 

Na noite da terça-feira (15), após mais de quatro horas conversas durante o jantar, Lula havia solicitado mais tempo a presidente mais tempo para analisar o convite. 

Através de nota, Planalto também anunciou que o Lula será o novo ministro da Casa Civil, o deputado federal Mauro Ribeiro Lopes será novo ministro da Aviação Civil, e que Jacques Wagner assume o Gabinete Pessoal de Dilma.

Para assumir um ministério da Casa Civil – que seria o da sua preferência -, o ex-presidente impôs como condição ter total autonomia na articulação política com a base aliada e de fazer as mudanças na política econômica para garantir a retomada do crescimento econômico. 

Porém, esta última condição preocupa não somente o mercado como interlocutores do ex-presidente no empresariado, pelo receio de demandar medidas como venda de reservas internacionais, queda forçada dos juros e liberação de mais crédito na economia. 

Segundo integrantes do governo, sua nomeação poderá ser acompanhada da entrada de um batalhão no governo Dilma. 

Entre os nomes que o ex-presidente Lula gostaria de levar para o governo está o de Celso Amorim para Relações Exteriores. Não está descartada a substituição de Aloizio Mercadante, na Educação. 

Outros nomes, como o do ex-ministro Ciro Gomes, são bem-vistos por petistas.
As mudanças na condução da política econômica podem provocar a saída do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. 

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini tem afirmado a interlocutores que não ficará no comando do banco se o governo optar por uma guinada na política econômica, que passaria por uma redução forçada na taxa de juros e venda de parte das reservas internacionais. 

Por sua vez, setores no Palácio do Planalto estão insatisfeitos em relação a Alexandre Tombini, que não estaria, na avaliação deles, adotando os meios necessários no atual momento para evitar uma recessão profunda no país. 

Não sou petista e não sou filiado a partido algum. Do meu ponto de vista acredito que Lula, com sua larga experiência política e como gestor, poderá ajudar o governo da presidente Dilma, manter uma boa relação com o Congresso Nacional e fazer com que sejam adotadas medidas para que o país possa novamente crescer, trazendo gente competente e fazendo a roda da economia girar novamente de maneira equilibrada, gerando empregos e renda, e a confiança nos investidores estrangeiros e usando parte da reserva cambial em dólares para abater a enorme dívida pública.

Com isso, será possível o governo gradativamente começar a baixar a taxa de juros selic, gerando confiança no mercado.

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