Confirmado:
Lula será o novo ministro da Casa Civil
Roberto
Ramalho é jornalista e colunista do Portal RP-Bahia
A
presidente Dilma Rousseff se reuniu
na manhã desta quarta-feira (16) com o seu antecessor, o ex-presidente Lula, em
um esforço que é considerado a última cartada da petista para evitar a abertura
do processo de impeachment.
Na
noite da terça-feira (15), após mais de quatro horas conversas durante o
jantar, Lula havia solicitado mais tempo a presidente mais tempo para analisar o convite.
Através de nota, Planalto também anunciou que
o Lula será o novo ministro da Casa Civil, o deputado federal Mauro Ribeiro
Lopes será novo ministro da Aviação Civil, e que Jacques Wagner assume o
Gabinete Pessoal de Dilma.
Para
assumir um ministério da Casa Civil – que seria o da sua preferência -, o
ex-presidente impôs como condição ter total autonomia na articulação política
com a base aliada e de fazer as mudanças na política econômica para garantir a
retomada do crescimento econômico.
Porém,
esta última condição preocupa não somente o mercado como interlocutores do
ex-presidente no empresariado, pelo receio de demandar medidas como venda de
reservas internacionais, queda forçada dos juros e liberação de mais crédito na
economia.
Segundo
integrantes do governo, sua nomeação poderá ser acompanhada da entrada de um
batalhão no governo Dilma.
Entre
os nomes que o ex-presidente Lula gostaria de levar para o governo está o de
Celso Amorim para Relações Exteriores. Não está descartada a substituição de Aloizio Mercadante, na Educação.
Outros
nomes, como o do ex-ministro Ciro Gomes, são bem-vistos por petistas.
As
mudanças na condução da política econômica podem provocar a saída do presidente
do Banco Central, Alexandre Tombini.
O presidente
do Banco Central, Alexandre Tombini tem afirmado a interlocutores que não
ficará no comando do banco se o governo optar por uma guinada na política
econômica, que passaria por uma redução forçada na taxa de juros e venda de
parte das reservas internacionais.
Por sua
vez, setores no Palácio do Planalto estão insatisfeitos em relação a Alexandre
Tombini, que não estaria, na avaliação deles, adotando os meios necessários no
atual momento para evitar uma recessão profunda no país.
Não sou
petista e não sou filiado a partido algum. Do meu ponto de vista acredito que
Lula, com sua larga experiência política e como gestor, poderá ajudar o governo
da presidente Dilma, manter uma boa relação com o Congresso Nacional e fazer
com que sejam adotadas medidas para que o país possa novamente crescer,
trazendo gente competente e fazendo a roda da economia girar novamente de
maneira equilibrada, gerando empregos e renda, e a confiança nos investidores
estrangeiros e usando parte da reserva cambial em dólares para abater a enorme
dívida pública.
Com
isso, será possível o governo gradativamente começar a baixar a taxa de juros
selic, gerando confiança no mercado.
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