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sábado, 9 de maio de 2015

Artigo: O dia em que a União Soviética (Rússia) derrotou definitivamente as tropas nazistas e forçou o término da 2ª guerra mundial

Roberto Jorge é jornalista, relações públicas, blogueiro e pesquisador

Segundo o Portal russo br.sputniknews.com/mundo, a parada dedicada aos 70 anos da vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial foi o maior desfile militar russo já realizado. 

A partir das 10h de Moscou (4h da madrugada de Brasília), a Sputnik estava fazendo a transmissão ao vivo. Ao todo cerca de 16.500 militares, 200 unidades de veículos militares e 140 helicópteros e aviões participaram na celebração, de acordo com o Ministério da Defesa russo.

Há exatamente 70 anos, em 2 de maio de 1945, as tropas da 1ª Frente Bielorrussa, comandadas pelo marechal Georgy Zhukov, herói de guerra e um dos principais responsáveis pela expulsão dos nazistas do território da ex-União Soviética, com a assistência da 1ª Frente Ucraniana, comandada pelo marechal Ivan Konev, após pesados combates nas ruas de Berlim, derrotaram por fim o agrupamento de tropas alemãs, tomando totalmente a cidade de Berlin, onde hastearam a bandeira sobre o que restou do parlamento alemão.

Antes aconteceu a resistência de Stalingrado, na frente leste, onde se constituiu o ponto de virada da Segunda Guerra Mundial. 

Os avanços inexoráveis e inevitáveis dos alemães, cujos tanques varreram centenas de quilômetros Rússia adentro, foram finalmente interrompidos pelo exército vermelho. 

O 6º exército, unidade de elite alemã, foi rechaçado, depois cercado e, por fim, forçado à rendição. Ao todo, mais de 1,5 milhão de pessoas, muitas delas civis encurralados pela campanha, perderam suas vidas durante os seis meses da luta sangrenta e sanguinária empreendida pelos nazistas. 

Pela primeira vez na guerra, o exército alemão foi derrotado no campo de batalha. Antes de Stalingrado, os russos jamais haviam vencido. Depois de Stalingrado, jamais perderiam. Apesar do esforço titânico do exército soviético, Stalingrado terminou praticamente sendo destruída e riscada do mapa da União Soviética.

A guerra contra a Alemanhã custou a vida de milhões de soviéticos. A União Soviética perdeu 27 milhões de vidas na Grande Guerra Pátria, como se denomina na Rússia o período da Segunda Guerra Mundial, compreendido entre os dias 22 de junho de 1941 e a capitulação da Alemanha.Somente de russos foram 20 milhões.

“Vossos sacrifícios e perda são incomensuráveis. Honraremos eternamente vossas façanhas, guardaremos luto pelos caídos e sempre defenderemos a verdade sobre a guerra”, disse Putin se dirigindo aos veteranos.

A Alemanha teve cerca de 6 milhões de mortos entre civis e militares, sem contar com judeus, eslavos, ciganos, ucranianos e outros povos. Segundo estimativas oficiais também foram cerca de 6 milhões.

E em entrevista ao Site russo Sputniknews www.br.sputniknews.com, o representante permanente da Rússia junto à ONU, Vitaly Churkin, avaliou de modo positivo a decisão do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, de visitar Moscou em 9 de maio, apesar das pressões contrárias na comemoração do Dia da Vitória, celebrado por Moscou no dia 9 de maio contra o Nazi-fascismo.

De acordo com o site russo, na segunda-feira, a assessoria da ONU anunciou de modo oficial a visita do secretário-geral a Moscou para participar das celebrações do Dia da Vitória. Afirmou o embaixador da Rússia na ONU,  Vitaly Churkin, na ocasião: “Eu penso ele merece respeito por ter tomado essa óbvia decisão, apesar das pressões que vinha sofrendo”.  

Durante a visita, Ban Ki-moon se reuniu com o presidente Vladimir Putin.

E falando ao site br.sputniknews.com, o presidente da Duma estatal (câmara baixa do Parlamento russo) e chefe da Sociedade Histórica da Rússia, Sergei Naryshkin, agradeceu ao povo da América Latina por sua contribuição para a vitória sobre o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.

Uma delegação de parlamentares russos, liderada por Naryshkin, está em visita oficial a Cuba para participar da conferência internacional "A URSS e a América Latina durante Segunda Guerra Mundial".

Afirmou o presidente da Duma: "As principais batalhas da Segunda Guerra Mundial aconteceram longe do Hemisfério Ocidental, mas os povos da América Latina contribuíram de forma importante na conquista da vitória tanto por terra como por mar, através do envio de suprimentos e organização de uma forte propaganda antifascista", destacou o parlamentar russo.

Antes da parada civico-militar em comemoração ao dia da vitória, o Ministério da Defesa da Rússia publicou uma série de documentos previamente secretos sobre a criação, na URSS, das unidades militares estrangeiras que lutaram ao lado do Exército Vermelho. "Os documentos publicados refletem a história da criação das unidades tchecoslovacas, iugoslavas, romenas, búlgaras, húngaras e polonesas que formavam parte do Exército Vermelho", afirma a declaração ministerial, publicada na página oficial da pasta.

Uma recente pesquisa realizada pela ICM Research e pela Sputnik no Reino Unido, na Alemanha e na França mostra que apenas 13% dos entrevistados reconhecem o papel fundamental da URSS na liberação da Europa.

Contudo, foi o Exército Vermelho que, sozinho, liberou mais de 120 milhões de pessoas em territórios hoje pertencentes a 16 países europeus independentes, além de ter participado na liberação de pelo menos outros seis países ao lado dos aliados.

Também esteve presente ao Evento o presidente da China, Xi Jinping que assistiu junto com Vladimir Putin, em Moscou, a Parada da Vitória, neste sábado (9), na comemoração dos 70 anos do triunfo sobre a Alemanha nazista na II Guerra Mundial e os presidentes de Cuba, Raul Castro, e da Venezuela, Nicolás Maduro.

Além deles esteve presente o ministro da Defesa do Brasil, representando o governo brasileiro, Jacques Vagner, que poderá assinar a compra dos lançadores de mísseis móveis russo.

As potências ocidentais boicotaram o desfile militar russo. De acordo com especialistas tudo por causa do conflito envolvendo separatistas e forças ucranianas que resultaram na morte de mais de sete mil civis e militares.

Além disso, a Rússia retomou o Porto de Sebastopol e a Criméia, que sempre pertenceram ao País.



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