Artigo - A falência da saúde pública em Alagoas
Roberto Ramalho é advogado, jornalista, relações públicas e bogueiro
A gestão das políticas de saúde no Estado de Alagoas tem se mostrado totalmente desastrosas.
A gestão do sistema hospitalar público de Alagoas, incluindo o HGE (Hospital Geral do Estado) e o HGE Hospital Geral De Arapiraca, ligados a Sesau, e que ainda resta dos hospitais pertencentes à Uncisal - Hospital Escola Hélvio Auto, Maternidade Escola Santa Mônica e Hospital Escola Portugal Ramalho, e a nível federal o hospital Universitário ligado a EBAH (Empresa Brasileira de Administração Hospitalar), uma Organização Social, simplesmente acabaram com a saúde pública em Alagoas.
O EBAH é regido por um regime legal diferenciado que lhe permite mais liberdade de ação e, ao mesmo tempo, baixo índice de transparência e controle social. Na verdade é uma Organização Social.
O que existe na verdade em Alagoas não é gestão pública hospitalar e nem tampouco administração, o que manda é o clientelismo, o corporativismo e a burocracia "gerenciando" o sistema de internamento hospitalar.
O que há é a total “incapacidade de coordenação dos profissionais que integram os órgãos” como um dos motivos para a crise na saúde pública em Alagoas.
A Saúde tem vários problemas e é essencial que haja uma coordenação muito tranqüila para levar adiante as ações que deveriam ser empreendidas. Porém, a politicagem fala mais alto e dita às regras.
O governo de Renan Filho fala sobre a falta de recursos financeiros. A Secretária de Saúde admite que herdou um rombo de mais de R$ 150 milhões de restos a pagar, o governo pagou pouco mais de R$ 50 milhões aos credores, todavia a situação ainda é muito grave.
Contudo, o problema não é somente esse. Os atuais problemas é que chamam a atenção.
O que temos atualmente é um modelo de gestão que fracassou. É uma pena que a secretária de Estado da Saúde não tenha sido mais clara e objetiva quanto a sua maneira de agir. E pior ainda: não sabe trabalhar e partilhar conhecimentos com ninguém.
Se não pusesse suas "amiguinhas" e "amiguinhos" trazidos da Uncisal para "gerir e administrar" a Sesau, teria dado uma contribuição importante para resolver os problemas administrativos que levaram o sistema de saúde pública ao seu total estrangulamento.
Não vejo essas pessoas contribuindo com nada. A Sesau está paralisada, estática, seus servidores desmotivados e a saúde pública a beira da falência.
E nessa quarta-feira (26.05.15), numa ação de marketing político para chamar a atenção da sociedade civil, inclusive, ele mesmo tendo postado sua visita surpresa ao Hospital Geral do Estado (HGE), o governador Renan Filho tomou para si a responsabilidade de resolver o problema do Hospital Geral em 24 horas, demonstrando, com essa sua atitude que não está satisfeito com a "gestão' (SIC!) atual da Secretaria de Saúde Rozangela Wyszomirska, que sequer foi comunicada antecipadamente da visita o que ocasionou um grande constrangimento.
Sua gestão acabou, Secretária Rozangela Wyszomirska. O melhor a fazer é entregar o cargo.
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