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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Rede BBC revela que Comitê da ONU concluiu que Assange foi detido arbitrariamente. 

Jornalista Roberto Ramalho

O Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária das Nações Unidas determinou nesta quinta-feira (04/02) que a prisão decretada contra Julian Assange, fundador do site Wikileaks, que divulgou documentos secretos dos EUA, é arbitrária, afirmou o Ministério do Exterior sueco. O australiano, que vive há três anos na embaixada do Equador em Londres, é acusado de abuso sexual na Suécia.

"Só podemos dizer que o grupo de trabalho chegou a uma conclusão diferente da das autoridades judiciais da Suécia", afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sueco. "O grupo julgou que Assange foi detido arbitrariamente, numa violação a compromissos internacionais."

O relatório final sobre a decisão será divulgado oficialmente nesta sexta-feira (5).

Assange tinha afirmado que se entregaria à polícia britânica caso a ONU decidisse o contrário e que esperava ser tratado como um homem livre se o grupo de trabalho decidisse a seu favor.
Fundador do site Wikileaks vive na embaixada do Equador na Inglaterra desde 2012. Ele é investigado por crimes sexuais na Suécia.

O jornalista teme ser extraditado pelo governo sueco para os Estados Unidos, onde poderia enfrentar um julgamento por ter revelado questões de segurança de Washington.

O grupo de trabalho concluiu que a detenção de Assange foi arbitrária em contravenção com os compromissos internacionais — disse um porta-voz do Ministério do Exterior.

Mais cedo, o australiano afirmou que aceitaria ser preso pela autoridades britânicas se o grupo de trabalho da ONU sobre detenções arbitrárias decidisse que os três anos que ele passou dentro da embaixada equatoriana em Londres não equivalem a uma prisão ilegal. Todavia ele ressaltou que, se o parecer fosse favorável a ele, as autoridades deveriam devolver seu passaporte e não tentar mais prendê-lo.

Disse ele: "Se a ONU anunciar amanhã que perdi meu caso contra Reino Unido e Suécia, deverei deixar a embaixada (do Equador em Londres) ao meio-dia de sexta-feira para aceitar a detenção por parte da polícia britânica, já que uma apelação não parece possível", explicou ele por meio da conta do Wikileaks no Twitter. "Entretanto, se eu ganhar e for considerado que as partes do Estado agiram ilegalmente, espero o retorno imediato do meu passaporte e a rescisão de novas tentativas de me prender".

E foi o que terminou acontecendo: que sua detenção era arbitrária.

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