Presidente
Dilma defende volta da CPMF na reabertura do ano legislativo
Jornalista
Roberto Ramalho
A presidente
Dilma Rousseff defendeu diante do Congresso Nacional o retorno da CPMF. Ela
disse que o imposto será necessário para o equilíbrio das contas públicas.
O Impeachment
também foi abordado pela presidente, ainda que de forma indireta. O Palácio do Planalto
quer que o assunto seja tratado com rapidez na Câmara dos Deputados.
Esta foi a primeira vez
que Dilma, como presidente, entregou pessoalmente ao Congresso Nacional sua
mensagem.
Seu
discurso durou cerca de 40 minutos. A presidente defendeu que é indispensável
uma reforma nas atuais regras da Previdência Social para manter a
sustentabilidade do sistema previdenciário.
Diante
dos congressistas, ela também pediu, entre outros assuntos, apoio do parlamento
para aprovar a recriação da CPMF e para impor limites aos gastos públicos.
Afirmou
ela num trecho de seu discurso: "Nos cabe enfrentar desafio maior para
política fiscal, que é a sustentabilidade da Previdência Social em um contexto
de envelhecimento da população. No ano passado, a Previdência e o BPC
[Benefício de Prestação Continuada] responderam por 44% do nosso gasto
primário. Mantidas as regras atuais, o percentual tende a aumentar
exponencialmente. Um dado ajuda a explicitar nosso desafio: em 2050, teremos
população em idade ativa similar à atual; já a população acima de 65, será três
vezes maior", alertou aos congressistas.
Normalmente o texto é
levado pelo ministro da Casa Civil. No governo Lula, quando ocupava este posto,
Dilma foi ao Congresso levar o texto. Com sua ida ao Poder Legislativo, a
presidente fez um gesto mostrando sua disposição para o diálogo com os
parlamentares.
O
encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que era um dos momentos mais esperados, teve apenas um
aperto de mão. Foi a primeira vez que ambos se encontraram, após Cunha ter
acolhido, no dia 2 de dezembro de 2015, o principal pedido de impeachment
protocolado na Câmara por partidos da oposição contra a presidente.
No
entanto, já em relação as demais autoridades, os presidentes do Senado e do
Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB), e do STF, ministro Ricardo
Lewandowski, ela cumprimentou com beijos nos rostos e apertos de mãos.
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