Procurador-geral
da República pedirá indiciamento de políticos envolvidos no esquema de
irregularidades e corrupção da operação “lava jato”, com a homologação da delação premiada aceita pelo ministro Teori
Zavascki, do STF
Jornalista Roberto Ramalho
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedirá
em fevereiro de 2015 investigação contra cerca de 30 deputados e senadores por
envolvimento nas irregularidades na Petrobras que são alvo da operação “lava
jato”.
Os pedidos ocorrerão em fevereiro
tendo por base a homologação da delação premiada do doleiro Alberto Youssef, um dos operadores do esquema criminoso
pelo ministro do STF Teori Zavascki.
Rodrigo Janot enviou nesta
quarta-feira (17/12) ao Supremo Tribunal
Federal os documentos relacionados à delação e, com base neles o ministro Teori Zavascki, relator do
caso, decidiu sobre a homologação.
Segundo informa O Globo, para
averiguar se Youssef prestou as declarações de livre e espontânea vontade, um
juiz auxiliar do STF o visitou no hospital em que estava em Curitiba durante
esta semana. Essa audiência foi filmada. Após a visita, o ministro Zavascki
concluiu que a delação tem validade legal e como as informações prestadas
tinham relevância para as investigações decidiu pela homologação.
De acordo com o site de O Globo, com a homologação da delação, Youssef terá
direito a benefícios como redução de penas, mas terá que devolver parte do
dinheiro desviado e pagar multa. Primeiro a ter homologação da delação pelo
STF, Costa conseguiu partir para o regime de prisão domiciliar e quando for
condenado nos procedimentos abertos cumprirá apenas parte da pena e ficará em
regime semiaberto. Os citados que não têm mais foro privilegiado estão sendo
remetidos para a primeira instância e há casos remetidos para o Superior
Tribunal de Justiça - que julga governadores, por exemplo.
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