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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Artigo – O Papa de Cristo, a Cúria, e os 15 pecados

Roberto Ramalho é jornalista e está escrevendo uma série de artigos sobre o Pontífice
Francisco (em latim: Franciscus), tem sem nome de batismo Jorge Mario Bergoglio, nascido em Buenos Aires em 17 de dezembro de 1936.
Ele é o 266º Papa da Igreja Católica e atual chefe de estado do Vaticano, sucedendo o Papa Bento XVI, que abdicou ao papado em 28 de fevereiro de 2013, em razão de sua idade avançada.
Francisco é o primeiro Papa nascido no continente americano, e o primeiro Pontífice não europeu em mais de 1200 anos. 
Também ele é o primeiro Papa jesuíta da história em face de ter escolhido o nome de São Francisco de Assis.
Antes de tornar-se Papa, foi nomeado  Arcebispo de Buenos Aires em 28 de fevereiro de 1998 e cardeal-presbítero em 21 de fevereiro de 2001, sendo eleito em 13 de março de 2013 para gerir e dirigir os destinos da Igreja Católica.
O Papa Francisco fez, nesta segunda-feira (22.12.14), duras críticas à burocracia do Vaticano, criticando como o desejo pelo poder a todo custo de algumas pessoas, que vivem vidas duplas de forma hipócrita e sofrem de "Alzheimer espiritual" e as faz esquecer que deveriam ser alegres homens de Deus.
Ao fazer os tradicionais cumprimentos de Natal aos cardeais, bispos e padres que dirigem a Santa Sé, o que se pode observar é que não foi uma alegre troca de desejos de fim de ano.
Em vez disso, o Papa apresentou uma lista de 15 pecados da Cúria, em que ele deseja esperar ver expiados no próximo ano.
Ele deu alguns exemplos entre os quinze pecados praticados pelos cardeais, bispos e padres, como o "terrorismo da fofoca" que pode "matar a reputação de nossos colegas e irmãos a sangue frio". Como panelinhas podem "escravizar seus integrantes e se tornar um câncer que ameaça a harmonia do organismo" e eventualmente matar por "fogo amigo". Os que vivem vidas duplas de forma hipócrita foram descritos pelo papa como pessoas com "um típico vazio espiritual, medíocre e progressivo, que nenhum grau acadêmico pode preencher".
Uma das críticas mais severas foi a de que "A Cúria é convocada sempre para melhorar-se e crescer em comunhão, santidade e conhecimento para cumprir a sua missão", disse Francisco. "Mas mesmo ela, como qualquer organismo humano, pode sofrer de indisposições, disfunções, doenças."
Francisco, que é o primeiro Papa latino-americano e afirmou que nunca havia trabalho na Cúria, dominada por italianos, não se intimidou ao reclamar sobre a fofoca, o carreirismo e as intrigas do poder burocrático que afligem a Santa Sé.

Mas, na medida em que sua agenda ganha força, ele parece ainda mais encorajado para destacar o que aflige a instituição.

O que se notou durante o encontro foi que os cardeais não pareciam felizes. O discurso foi recebido com aplausos mornos e poucos sorriam na medida em que Francisco listava, uma a uma, as 15 "doenças da Cúria", que ele elaborou, com notas de rodapé e referências bíblicas.

Os cumprimentos de Natal acontecem num momento tenso para a Cúria, a administração central da Santa Sé, responsável pela igreja, que tem 1,2 bilhão de fiéis.

O Papa de Cristo como costumo chama-lo, começou sua lista com "a doença de sentir-se imortal, imune ou mesmo indispensável".

Então, a partir daí ele citou uma a uma: ser vaidoso, querer acumular coisas, ter um "coração endurecido". Cortejar os superiores para obter ganho pessoal e ter uma "expressão facial de funeral", além de ser muito "rígido, inflexível e arrogante", especialmente em relação a subordinados, uma possível referência a um comandante da guarda suíça, recentemente demitido, que era muito duro com seus recrutas na opinião do Papa.

Francisco criticou os que trabalham muito e planejam as coisas com muita antecedência, já que os que não têm tempo para a família são estressados demais e os que planejam muito não se permitem ser surpreendidos pela "frescura, fantasia e novidade" do Espírito Santo. "Como é bom para nós ter um saudável senso de humor", afirmou ele para uma plateia de membros da Igreja Católica que não esperavam por críticas tão severas.

No final do discurso, Francisco pediu aos prelados que rezem para que os "ferimentos e pecados de cada um de nós sejam curados" e que a Igreja Católica e a própria Cúria sejam mais saudáveis.


Fonte: pesquisa em sites nacionais e internacionais

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