Polícia
Federal prende médico estuprador foragido, Roger Abdelmassih, no Paraguai
Jornalista Roberto Ramalho
Médico foi
condenado por múltiplos estupros em clínica de reprodução assistida.
Roger
Abdelmassih era, até esta terça-feira, um dos homens mais procurados em todo o
país e no exterior.
Foragido
desde 2011, o médico tinha sido condenado a 278 anos de prisão pela prática de
52 atos de abuso sexual e quatro tentativas de violação a 39 mulheres.
Segundo O Globo, o ex-médico foi detido pelas
autoridades na capital do Paraguai, na cidade de Assunção, onde estava vivendo com
a mulher e os dois filhos gémeos.
Roger
Abdelmassih foi preso em 2009, obteve o direito de responder em liberdade,
acabando por fugir do país, depois de ter sido beneficiado por um Habeas Corpus
pelo Supremo Tribunal Federal.
Desde que
começou a ser acusado de molestar pacientes em 2008, o ex-médico Abdelmassih
vem afirmando ser inocente das acusações. Ele chegou a dizer que as acusações
seriam motivadas por vingança.
Até então o
médico era considerado um dos maiores especialistas em reprodução assistida do
país.
Algumas de
suas pacientes o acusaram de agressões sexuais que ocorreriam dentro de sua
clínica. Segundo as vítimas, os ataques teriam acontecido quando elas estavam
sozinhas com o médico em salas de consulta ou recuperação.
Algumas
afirmaram terem sido abusadas enquanto estavam dopadas por medicamentos.
A Polícia
Federal afirmou que a prisão foi feita em parceria com a Senad (Secretaria
Nacional Antidrogas, um dos mais importantes órgãos policiais do Paraguai).
A deportação
do foragido para o Brasil deve acontecer de forma "sumária", segundo
a PF.
Ele foi
levado para a sede da instituição em Foz do Iguaçu ainda nesta terça-feira e
transferido para São Paulo.
Abdelmassih
chegou a ficar cerca de cinco meses preso em 2009, mas obteve o direito de
responder ao processo em liberdade devido a uma decisão do STF (Supremo
Tribunal Federal) que lhe concedeu um Habeas Corpus.
As
vítimas do médico Roger Abdelmassih comemoraram em uma página no Facebook a sua
prisão nesta terça-feira (19), no Paraguai, divisa com o Brasil.
O
grupo, chamado de Vítimas Roger Abdelmassih, diz que as investigações de três
anos "deram fruto".
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