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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Papa Francisco condena divisão na Igreja Católica

Jornalista Roberto Ramalho com Agências Internacionais

Papa FranciscoPapa Francisco dedicou audiência à necessidade de "unidade" na Igreja.

Durante a audiência geral realizada nesta quarta-feira na Praça de São Pedro, no Vaticano o papa Francisco, afirmou que um dos pecados mais graves para os cristãos é o das "divisões".

O Papa argentino dedicou a audiência desse dia à necessidade de "unidade" na Igreja e nas comunidades cristãs, fazendo uma chamada em especial contra "intrigas, invejas e ciúmes".
Disse o Pontífice: "A divisão em uma comunidade cristã, em uma paróquia ou em uma associação é um pecado gravíssimo porque é obra do diabo", declarou.

O Papa Francisco explicou que "a Igreja é santa porque está fundada em Jesus Cristo (...). Mas, ao mesmo tempo em que é santa, também é formada por pecadores, todos nós, pecadores, que experimentamos todos os dias de sua fragilidade e suas misérias".

"Os pecados contra a unidade não são só heresias ou cismas, mas também sentimentos comuns em nossas comunidades: invejas, ciúmes e antipatias. Isto é humano, mas não é cristão", acrescentou.

Francisco também lembrou que, durante a História, os cristãos estiveram muitas vezes divididos.

"Também estamos divididos agora, temos inclusive feito guerras entre nós por divisões teológicas. Mas isto não é cristão", assegurou.

Durante sua mensagem aos fiéis hispanoparlantes, o papa declarou que amanhã será fixada nos jardins do Vaticano uma imagem de Nossa Senhora da Caridade do Cobre, padroeira de Cuba, e cumprimentou com afeto os bispos da ilha vindos a Roma para esta ocasião, além de ter expressado sua proximidade e bênção a todos os fiéis cubanos.

O Papa Francisco chorou em solidariedade aos moradores de uma favela desalojada em Buenos Aires, segundo ele mesmo divulgou numa rede social.

No e-mail dirigido ao amigo Gustavo Vera, fundador da ONG “La Alameda”, divulgado nesta quarta-feira pela agência católica SIR, Francisco expressa comoção com a desocupação ocorrida há três dias.

“Acabo de ler sua mensagem. Tua frase final conseguiu sintetizar meus sentimentos: ‘Parecia Gaza’. E comecei a chorar. Não entendo nada. Estas pessoas, estas mães com crianças, acaricio com minhas lágrimas”, escreve o papa argentino.

A nova favela surgiu em fevereiro no bairro de Villa Lugano, ao sudeste de Buenos Aires, e havia recebido o nome de “Papa Francisco”.

Quase 700 famílias viviam no local em condições precárias. Oitocentos homens das forças de segurança participaram na operação de retirada.



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