Artigo - Um ano de governo Temer. Avanços e retrocessos.
Roberto Ramalho jornalista e relações públicas.
Depois de assumir interinamente com o afastamento da presidente Dilma Rousseff que respondia por crime de responsabilidade e em definitivo, após o impeachment, Michel Temer completa um ano de governo.
Com uma enorme impopularidade que chega a beira dos 80%, Temer só está preocupado com sua interinidade no governo. Daí a razão para fazer as reformas trabalhista e previdenciária que prejudica os trabalhadores da iniciativa privada e os servidores públicos federais, estaduais e municipais.
Teto de gastos públicos, Previdência, reforma trabalhista, um corte muito pequeno no número de ministérios, citações em delações da Lava-jato, com seu nome envolvido no recebimento de propina de empreiteiras, nove ministros demitidos, entre outros assuntos, marcam o exercício de seu mandato, conquistado de forma ilegítima, embora dentro da lei.
Quem reclama (da reforma da Previdência) são os mais privilegiados, afirmou Temer em entrevista ao Programa Moreno do Rádio.
O presidente fez um balanço do seu primeiro ano de governo. Ele afirmou que ser "reformista" é o maior sucesso de sua gestão.
Em entrevista a imprensa sobre o 1° ano de seu governo, Temer afirmou: "Nós não queremos brasileiros contra brasileiros. Queremos brasileiro com brasileiros. Isso é o que eu quero enfatizar".
De acordo com ele, os resultados de seu governo começam a aparece e disse que. “O desemprego, que é a pior herança de uma época de gastos descontrolados, começa a ceder. Não temos dúvidas, e temos verificado várias análises, que otimismo começa a transparecer na fala e no gesto do povo brasileiro”.
O presidente declarou, ainda, que a economia dá sinais de retomar o crescimento e que, na avaliação dele, este segundo ano de mandato resultará em um país "reestruturado e mais feliz".
E foi enfático ao afirmar que: "Esse ano teve saldo positivo, podem acreditar. O Brasil está retomando o caminho do crescimento, agora é seguir em frente. Estou seguro que, ao completar o segundo ano de governo, teremos um país reestruturado e mais feliz".
O presidente aproveitou a oportunidade para defender a aprovação das reformas propostas pelo governo ao Congresso e comemorou ter conseguido fixar um teto para os gastos públicos ainda no ano passado e destacou as mudanças na legislação trabalhista com a aprovação do projeto de terceirização.
Um grande retrocesso de seu governo é a questão indígena. Os índios não estão sendo respeitados e muitos vem sendo assassinados por posseiros. A invasão de fazendeiros em terras indígenas tem sido frequente. Talvez agora mude com a nomeação e posse de um general de exército de origem indígena.
Muita coisa de seu governo quase passou batido e até declaração polêmica sobre a crise penitenciária virou notícia.
Um grande avanço foi o anúncio recentemente do lançamento de um satélite e a mídia não deu destaque. Para mim foi o que houve de melhor de seu governo interino até o presente momento. A importância desse satélite para o Brasil é gigantesca, sobretudo nas áreas de comunicação e defesa. Da mesma forma, também, com a aprovação do novo ensino médio.
Conseguiu baixar a inflação para 4,08% ao ano e está baixando a taxa de juros Selic. O grande problema é que o seu governo e o Banco Central não estão se impondo aos Bancos que ainda estão lucrando muito ao ofertar créditos a juros elevadíssimos. Além disso, os encargos financeiros dos cartões de crédito continuam muito elevados. São taxas abusivas e extorsivas e o presidente Temer faz vista grossa para o caso, o que é lamentável!
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