ARTIGO - A AMEAÇA DO RETORNO DE UM GOVERNO NEOLIBERAL E CONSERVADOR
Roberto Ramalho é advogado, jornalista, relações públicas e colunista do Portal RP-Bahia.
O ex-presidente José Sarney, que já foi da ARENA, PDS, PFL, E fez parte de um governo autoritário por mais de 20 anos, e agora é peemedebista histórico, tendo, posteriormente, apoiado os governos petistas, virou a casaca e está apoiando o golpe contra a presidente Dilma, que denominam de impeachment, assim como o fez em 1964, derrubando o governo de João Goulart, que jamais foi comunista e que apenas tinha ideias socializantes.
Essa múmia fascista que praticamente perdeu o poder no Maranhão, onde governa o PC do B, tendo a frente o dinâmico e magnífico governador, Flavio Dino, ainda tem influência e agora pretende emplacar novamente sua filha, Roseane Sarney, como ministra de um futuro governo Temer.
Além disso, mesmo que Eduardo Cunha venha a ter o mandato cassado, nada impede que venha se tornar ministro num possível governo Temer. Ele apenas é réu no processo da "Lava-Jato" e nada impede que venha a se tornar ministro.
Temer na verdade, diz que vai formar um governo de notáveis, porém, muitos que poderão fazer parte desse governo respondem a ações por corrupção ou por prática de improbidade administrativa ou crimes contra a Administração Pública e contra o patrimônio.
O pedido de impeachment feito por advogados ligados a grupos neoconservadores e fascistas já indicam os rumos que o novo governo terá.
As sustentações feitas pelos advogados, alguns chamados de juristas, como o "jurista" Miguel Reali Junior, filho de um integralista e galinha verde, adepto do Nazifascismo, afirmando que houve crime de responsabilidade, é insustentável.
Esse pedido de impeachment, que na verdade é um golpe camuflado, não resolverá os problemas econômicos-financeiros, e nem tampouco sociais, remonta as estruturas de poder, onde predomina a forma dominante de classes.
Embora não se negue que houve corrupção durante os governos petistas, o Poder Judiciário condenou dezenas de políticos de todos os partidos, inclusive com a devolução dos recursos financeiros tirados da Nação.
Quanto a presidente Dilma, ela não praticou nenhum delito de natureza grave que a levasse a responder criminalmente pelos seus atos.
Sequer pedaladas fiscais podem ser considerado crime de responsabilidade, e se o são, ao menos 16 governadores também terão que ser afastados porque fizeram o mesmo em seus estados.
O problema não é a presidente Dilma. É o sistema político que está doente e carcomido e que precisa ser mudado e com urgência.
Um país onde existem 40 partidos políticos não significa que exista um "Estado Democrático de Direito".
O que existe é o clientelismo, o fisiologismo, o troca-troca partidário a troco de benesses, a ausência de doutrinas e ideologias políticas, e uma afronta e desrespeito ao eleitor.
Disse o Papa Francisco: "Os direitos humanos são violados não só pelo terrorismo, a repressão, os assassinatos, mas também pela existência de extrema pobreza e estruturas econômicas injustas, que originam as grandes desigualdades".
Encerro esse artigo citando novamente o Papa Francisco quando ele afirma em español: "La crisis económico-social y político e el conseguinte aumento de la pobreza tiene sus causas en políticas inspiradas en formas de neoliberalismo que consideram las ganancyas y las leyes de mercado como parámetros absolutos en detrimento de la dignidad de las personas y de los pueblos".
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