Governo Indonésio deverá fuzilar traficantes – Rodrigo Gularte
está entre eles - ainda esta semana. Previsão é que já aconteça nessa terça-feira
Jornalista Roberto Jorge
O governo da Indonésia reafirmou neste domingo (26/4) que
está determinado a avançar com a execução de oito estrangeiros, entre os quais está
um brasileiro, que sofre de esquizofrenia, condenados por tráfico de drogas,
apesar da contestação mundial liderada pelo secretário-geral da Organização das
Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.
Já no sábado (25/4), as autoridades indonésias notificaram os
oito estrangeiros, sendo dois cidadãos da Austrália, dois da Nigéria, um do
Brasil e uma mulher das Filipinas, informando que as execuções, por um pelotão
de fuzilamento, ocorrerão até o final do mês.
O governo brasileiro ainda empreende esforços, porém, tudo
leva a crer que nada adiantará.
A presidente Dilma Rousseff já fez oito pedidos de clemência
(perdão), ao governo indonésio, mas até o presente momento não surtiu os
resultados práticos.
Gularte foi condenado à execução em 2005 por ingressar na
Indonésia em 2004 com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe.
Um laudo médico feito a pedido da família do brasileiro
apontou que ele tem esquizofrenia, o que, pela lei indonésia, faria com que ele
deixasse de ser executado.
Segundo o Portal G1,
o Ministério das Relações Exteriores enviou neste domingo (26) carta
diplomática ao governo indonésio na qual pediu que o brasileiro Rodrigo
Gularte, condenado à morte por tráfico de drogas, seja internado em um hospital
no país asiático em razão do estado de saúde dele. A informação foi confirmada
nesta segunda (27) pelo Itamaraty.
"Em nome de toda a família do senhor Rodrigo Gularte, o
governo brasileiro formula novo apelo para que seja sustada a execução. Na
mesma linha, solicita que seja revista a denegação do pedido de clemência em
favor do nacional brasileiro, seja providenciada a sua pronta internação em
hospital prisional e seja deferido o pedido de tutela encaminhado pela família
do condenado", pediu o governo brasileiro na carta diplomática enviada à
Indonésia.
Conforme a assessoria do Ministério das Relações Exteriores,
o governo brasileiro reconhece a gravidade do crime cometido por Gularte e
respeita a soberania da Indonésia. "Mas, levando em conta o estado de
saúde dele e questões humanitárias, continuará as gestões para que ele receba
tratamento psiquiátrico e seja transferido para um hospital", informou o
Itamaraty.
Esse será o 2º brasileiro a ser fuzilado na Indonésia em
razão de condenação por tráfico de drogas.
Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado após ser condenado à morte por tráfico de drogas. O
fuzilamento do brasileiro gerou uma crise diplomática entre o país asiático e o
Brasil.
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