Graça
Foster renuncia à presidência da Petrobrás. Novo presidente será escolhido na
sexta-feira (06)
Jornalista
Roberto Ramalho
Em razão do grave problema por que passa a Petrobrás, em
razão de atos de corrupção praticados por altos funcionários da entidade, e que
resultaram em bilhões de prejuízos, a presidente da Petrobrás, Graça Foster resolveu
renunciar ao cargo de presidente na manhã dessa quarta-feira, após conversa
mantida com a presidente Dilma no dia de ontem.
Um comunicado da Petrobrás enviado na manhã desta
quarta-feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou a renúncia de
Graça Foster, além de cinco outros diretores.
Segundo ainda o texto, a nova diretoria será eleita em
reunião do Conselho de Administração na sexta-feira.
"A Petrobras informa que seu Conselho de Administração
se reunirá na próxima sexta-feira, dia 06.02.2015, para eleger nova Diretoria
face à renúncia da presidente e de cinco diretores", diz o curto texto
enviado à autarquia que supervisiona os mercados financeiros no Brasil.
Segundo o
site do jornal O Globo, comenta-se
que no mercado
financeiro sete executivos são apontados como possíveis candidatos. O mais citado é Rodolfo Landim,
ex-presidente da OGX e ex-diretor da Petrobras. Também circularam no mercado
nomes como Henrique Meirelles, presidente do Banco Central (BC) durante o governo
Lula; Roger Agnelli, ex-presidente da Vale; Luciano Coutinho, presidente do
BNDES; Antonio Maciel Neto, presidente do Grupo Caoa e ex-funcionário da
Petrobras; Alexandre Tombini, presidente do Banco Central; e Nildemar Secches,
ex-presidente da Perdigão e, até 2013, presidente do Conselho de Administração
da BRF.
Na
terça-feira, com os rumores da saída da Graça Foster, as ações da estatal
subiram mais de 15%. Na manhã desta quarta-feira, operam em alta de mais de 5%.
O
motivo da saída de Graça Foster da presidência da Petrobrás
Segundo
rumores da mídia brasileira e estrangeira, Graça Foster estaria sendo pressionada
pelas investigações da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal (PF), deixando o
cargo depois de ocupá-lo por três anos.
Além disso, Dilma
teria ficado insatisfeita com a divulgação da estimativa feita pela própria
estatal de perdas de ativos na ordem R$ 88,6 bilhões com as denúncias de
corrupção. A informação foi dada após a publicação do balanço financeiro da estatal referente ao
terceiro trimestre de 2013, tornado público sem a inclusão das perdas com a
corrupção na estatal.
De acordo com
parlamentares da oposição, de nada adiantará a sua saída já que as assinaturas
para a abertura de uma CPMI já estão bastante avançadas.
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