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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Artigo - A importância da Psicologia Jurídica

Roberto Ramalho é advogado e jornalista

A Psicologia Jurídica pode ser considerada uma área de conhecimento psicológico e um campo de intervenção profissional em plena expansão no Brasil. Sua história de contribuições é rica, controvertida e repleta de debates entre as várias disciplinas do mundo jurídico e das ciências humanas, constituindo-se numa das, mas importantes da atualidade.

As preocupações dos psicólogos com as questões do crime, da violência e do apenamento dos indivíduos remontam à história da psicologia aplicada ao campo jurídico da primeira metade do século XX.

Desde então, o debate das ideias tem se tornando mais crítico, fecundo e incentivador de novas pesquisas e problemas teóricos. Temas relevantes da Psicologia Jurídica são aplicados ao campo criminal/penal – envolvendo o crime, a violência e o apenamento.

Conceitos e análises, pautados por cuidadosa neutralidade, evidenciam a sólida experiência dos profissionais que lidam com esse assunto, cujas situações apresentadas acabam estimulando à dialética e a leitura.

As situações sobre esse campo do saber devem ser apreciadas de maneira sensível, porém sem paixões e radicalismos.

Na Psicologia Jurídica são tratados os assuntos relacionados a dramas emocionais e conflitos que, invariavelmente, chegam ao Poder Judiciário.

Apresenta-se o ser humano como capaz de ser agente e paciente ao mesmo tempo. Para ele, reserva-se a opção de buscar a sua auto-realizarão sem descuidar dos limites que as realidades social, econômica e cultural impõem.

Fundamentos da fisiologia dos fenômenos mentais precedem as principais teorias de psicologia. Dessa convergência emerge uma percepção sistêmica do comportamento humano.

As teorias sobre o assunto percorrem o espectro histórico e conceitual que se inicia com o despontar do século XX para avançar até os dias atuais.

Saúde mental é um tema bastante obrigatório e incluem as principais psicopatologias, alterações de comportamento e questões vitais, como as drogas.

Vítimas, delinqüentes e todos os que julgam direta ou indiretamente, recebem criteriosa análise de suas participações nos processos jurídicos e nas situações de conflito de que participaram assim estendida às instituições de exclusão, por meio das quais se separam pessoas do convívio social.

Abordagem diferenciada recebe o tema Direitos Humanos. Nele sugerem-se instigantes interpretações e relaciona-se com o instrumental teórico.


Por fim, uma visão psicológica de diferentes formas de tratamento dos conflitos (julgamento, arbitragem, conciliação e mediação são vistos e analisados pela Psicologia Jurídica, uma das disciplinas obrigatórias do curso de graduação em Direito e leitura complementar para cursos de graduação e pós-graduação em Psicologia, Direito, Serviço Social, bem como para cursos de especialização em direito de família e penal. 

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