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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Entidade “Repórteres sem Fronteiras” diz que 69 jornalistas foram mortos em 2014

Jornalista Roberto Ramalho, com informações das Agências Internacionais

69 jornalistas mortos, esse é o saldo, profundamente lamentável, para quem divulga notícias e lida com a liberdade de informação.

No ano de 2014, de acordo com o relatório da organização "Repórteres Sem Fronteiras" (RSF), simplesmente 69 jornalistas foram assassinados no exercício da função.

No balanço feito pelo documento fala-se de uma "regressão brutal" da liberdade de imprensa no último ano, confirmando de resto uma tendência patente nos últimos tempos.

Como consolo, os dois anos anteriores haviam sido mais mortíferos para os profissionais de informação: 79 mortos em 2013 e 87 mortos em 2012. 

A pior situação verifica-se na Síria, que está em plena guerra civil que já matou duzentas e cinqüenta mil pessoas até o presente momento.

A Síria ocupa o 177º lugar entre os 180 países que fazem parte da lista elaborada pelos Repórteres Sem fronteiras.

A Síria, com efeito, é talvez o país que mais temor suscita aos profissionais da informação, devido à conduta do autoproclamado Estado Islâmico, que conta na sua lista de cidadãos decapitados, vários jornalistas. E esse ano tivemos o assassinato do jornalista japonês, Kenji Goto, decapitado pelos membros desse proclamado Califado.

No ano de 2014 foram mortos na Síria 15 jornalistas, e no vizinho Iraque, onde também é forte a ação do Estado Islâmico, houve quatro vítimas mortais.

Comentando a situação na Síria e no Iraque, o relatório diz que são "buracos negros" em matéria de liberdade de informação. 

Em último lugar da lista anual do RSF continua a estar a Eritreia, que em 2012 já fora classificado pelo Comitê de Proteção dos Jornalistas como o país "com mais censura do mundo".

Imediatamente antes surgem na classificação do RSF a Coreia do Norte, o Turquemenistão e a República Popular da China, países que adotam uma censura severa aos jornalistas locais e estrangeiros.

O pódio dos países onde a liberdade de informação goza de melhor saúde é ocupado pela Finlândia, Noruega e Dinamarca.  Seguem-se, até ao décimo lugar, a Holanda, Suécia, Nova Zelândia, Áustria, Canadá, Jamaica e Estônia.

Destaque, pela negativo, no âmbito da União Europeia, para a Itália, que aparece na 73ª posição, em 24 lugares num só ano, o que é explicado pelas "ameaças, nomeadamente da Máfia". A Rússia surge num nada honroso 152º lugar.

Portugal é o que revela melhor saúde entre os oito países lusófonos, seguido imediatamente por Cabo Verde, que aparece em 36º lugar (era o 24º no relatório anterior). Seguem-se a Guiné-Bissau (81º), Moçambique (85º), Brasil (99º) e Timor-Leste (103º).
O pior resultado continua a ser Angola, que surge no lugar 123, que embora seja visto como uma democracia, não passa de uma ditadura disfarçada.


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