STF mantém afastamento de Eduardo Cunha e por unanimidade segue voto do relator, Teori Zavascki.
Roberto Ramalho é jornalista, colunista do Portal RP-Bahia e é advogado
Por unanimidade, todos os ministros do STF ratificaram a liminar concedida por Teori Zavascki em processo ajuizado pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Os ministros apontaram que são muito fortes as acusações de que Cunha estava usando o mandato para se proteger de investigações.
Da mesma forma apontaram que é muito grave que Cunha use seu cargo para conseguir vantagens financeiras, atacar adversários, inclusive por meio de uma rede de aliados.
As partes deverão ser ouvidas e Cunha deve recorrer da decisão.
O outro pedido da Rede pode ser julgado, mas a urgência requerida não existe mais.
'Houve uma intervenção clara e nítida do STF no poder legislativo', defendeu-se Eduardo Cunha.
Ele afirmou que seu afastamento deve-se a uma desavença grande entre ele e o procurador geral da República, Rodrigo Janot, autor da ação cautelar pedindo seu afastamento. 'Estranhamente ela é votada depois que o impeachment foi votado', declara Eduardo Cunha.
Afastamento de Cunha repercute na imprensa internacional
A decisão de Teori Zavascki foi classificada como histórica pelo jornal britânico Financial Times. Já o americano The New York Times afirmou que o afastamento não vai ajudar a presidente Dilma Rousseff, mas reflete o potencial para mais turbulência política no país.
Já para a emissora britânica BBC afirma que Eduardo Cunha teve um papel crítico no processo que agora pode suspender a primeira presidente mulher do Brasil.
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