Ministros da Fazenda e do Planejamento preveem rombo de até R$ 170,5 bilhões nas contas públicas e prometem renegociar dívidas dos estados na próxima semana.
Roberto Ramalho é jornalista e colunista do Portal RP-Bahia.
Em entrevista coletiva a imprensa brasileira e internacional nessa sexta-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o rombo encontrado é realista e estimado dentro de critérios rigorosos.
Meirelles ainda afirmou que o governo federal não pretende revisar novamente a meta fiscal até o fim do ano.
Também essa foi a conclusão do ministro do Planejamento, Romero Jucá, que reconheceu que o número é alto, mas que trata o valor anunciado como um teto.
Ele afirmou que o governo vai trabalhar para diminuir as despesas. Jucá garantiu, ainda, que haverá medidas para reduzir o gasto público e o endividamento em um momento apropriado. Segundo Romero Jucá, a ideia do governo é que se possa votar a nova meta na Comissão Mista de Orçamento na próxima segunda-feira para que, na terça-feira, seja aprovada pelo Congresso Nacional.
Sobre a Eletrobras, Henrique Meirelles afirmou que não está contemplado na meta um valor para o rombo da empresa e declarou que é importante que isso seja colocado de forma clara. O ministro do Planejamento, Romero Jucá, confirmou que o governo determinou que a estatal intensifique providências para reduzir o impacto no balanço dela.
Sobre um possível acordo com os estados em relação ao endividamento com a União, Meirelles e Jucá enfatizaram que estão elaborando uma proposta que seja boa para as partes.
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