Presença militar russa no Oriente Médio incomoda e irrita americanos
Jornalista Roberto Ramalho
A Rússia iniciou nesta quarta-feira (30) uma ofensiva ao grupo terrorista Estado Islâmico com ataques aéreos em bases da facção na Síria.
Alguns prédios que seriam usados para abrigo de militantes do EI foram bombardeados, mas a informação é contestada, sobretudo pelos Estados Unidos. Segundo autoridades americanas, os alvos dos ataques eram usados de refúgio para opositores do presidente sírio, Bashar al-Assad. O saldo dos ataques não foi informado.
A Rússia recebeu autorização do parlamento para realizar operações militares na Síria. O senado autorizou o presidente Vladimir Putin a avançar com manobras bélicas contra o grupo Estado Islâmico ao lado do presidente Bashar Al-Assad.
Os russos vão ter um centro de comando em Bagda para, de acordo com o Kremlin, coordenar tropas e aeronaves. As operações vão ter um tempo bem definido e deverão ficar limitadas a ataques aéreos.
Uma televisão norte-americana anunciou que Moscou já pediu a Washington para retirar a aviação dos Estados Unidos do espaço aéreo sírio.
A movimentação militar russa tem sido intensa nos últimos tempos. Mesmo o Bósforo, a única saída do mar negro, tem sido ponto de passagem de inúmeros navios militares russos, apesar do seu destino não ser conhecido.
O Kremlin endureceu o jogo depois de em Nova Iorque os Presidentes Vladimir Putin e Barack Obama terem se reunido para debater soluções para derrotar o grupo Estado Islâmico e acabar com a guerra na Síria.
Enquanto isso foi constatada por fotógrafos turcos evidências do aumento da atividade da marinha russa, no Estreito do Bósforo.
São manobras de natureza, aparentemente, militar – os navios deslocam-se a partir do Mar Negro, até ao Mediterrâneo através do Bósforo.
Porém, observadores turcos descreveram numerosas embarcações, transportando equipamento militar e especulam que se dirigem à Síria.
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