Ministro Gilmar Mendes volta a atacar o PT
Jornalista Roberto Ramalho
O Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que participou de um seminário na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), disse na sexta-feira que o PT tinha "um plano perfeito" para se "eternizar no poder", mas que a Operação Lava-Jato "estragou tudo".
Afirmou o ministro: "A Lava-Jato estragou tudo. Evidente que a Lava-Jato não estava nos planos, porque o plano era perfeito, mas não combinaram com os russos".
Para ele, que votou a favor da continuidade do financiamento privado de campanha, o PT é contra esse modelo porque, com o dinheiro desviado da Petrobras, "tem dinheiro para disputar a eleição até 2038" e "deixariam uns caraminguás para os demais partidos".
Declarou Gilmar Mendes: Era uma forma fácil de se eternizar no poder. Pelas contas do novo orçamento da Petrobras, R$ 6,8 bilhões foram destinados à propina. Se um terço disso foi para o partido, eles têm algo em torno de R$ 2 bilhões em caixa. Era fácil disputar eleição com isso".
Para o magistrado, o esquema revelado pela Operação Lava-Jato mostrou que o país segue "um modelo de governança corrupta", uma "cleptocracia", que significa um Estado governado por ladrões.
Afirmou Gilmar Mendes mais uma vez: "Na verdade, o que se instalou no país nesses últimos anos e está sendo revelado na Lava-Jato é um modelo de governança corrupta, algo que merece um nome claro de cleptocracia. Veja o que fizeram com a Petrobras. Eles tinham se tornado donos da Petrobras. Infelizmente para eles, e felizmente para o Brasil, deu errado".
Gilmar acabou derrotado, já que o STF aprovou o fim da doação privada de campanha por 8 votos a 3, na votação que terminou na quinta-feira, dia 17 de setembro.
A OAB e o PT criticaram Gilmar Mendes após voto polêmico sobre doações de empresas.
Embora muito do que ele diga e afirme seja verdade, seu voto a favor da continuação de doações por empresas a partidos políticos e candidatos foi um desastre.
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