Urgente! Esporte. Presidente da
Fifa, Joseph Blatter, renuncia ao cargo de presidente da Fifa
Jornalista Roberto Jorge
Uma semana após as primeiras prisões na Suíça de altos membros
da entidade, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, renunciou ao cargo nesta
terça-feira em pronunciamento na sede.
Mandatário da entidade desde 1998, o chefe maior do futebol
mundial recentemente foi eleito na última sexta-feira para um quinto mandato, porém,
poucos dias depois, anunciou que convocará um novo congresso para eleger outra
pessoa para o cargo.
"Esses
anos foram muito ligados à Fifa. Eu aprecio e amo a Fifa mais que tudo, e
só quero fazer o melhor para o futebol e para a Fifa como instituição. Fifa
precisa de uma reestruturação profunda. Mas parece que aqueles que me apoiaram
não estão mais me apoiando. É por isso que vou reunir um congresso
extraordinário e colocar meu cargo à disposição, será decidido o novo
presidente. Um congresso o mais rápido possível para eleger meu sucessor",
em entrevista convocada na sede da entidade.
A saída do presidente da Fifa contrasta com a manifestação de
força que Blatter exaltou após a eleição da última sexta-feira.
Naquele momento o mandatário afirmou que não tinha medo de ser
preso e mostrou tranqüilidade com as investigações feitas pela Justiça dos
Estados Unidos.
Na
última quarta-feira, o escândalo de corrupção foi deflagrado com a prisão de
sete membros do alto escalão da Fifa na Suíça, incluindo o brasileiro José
Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A Justiça americana ficou mais próxima de chegar a Blatter após
a divulgação pelo New York Times na última segunda-feira de que o
secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, estaria envolvido em um pagamento de
propina. Valcke é o braço direito do mandatário na entidade.
A
operação do FBI, feita em conjunto com a polícia suíça, expôs casos de
corrupção, extorsão, escândalos de irregularidades em contratos de marketing e
de direitos de televisão e pagamentos de propina no processo de escolha
das sedes das Copa do Mundo de 2018 e de 2022.
Blatter ainda não teve o seu nome envolvido nas denúncias, mas
viu a pressão sobre si aumentar consideravelmente.
O mundo assiste estarrecido mais ao mesmo tempo aliviado com a
sua renúncia.
Basta de corrupção se já no esporte, na política, seja onde for.
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