Presidente do Senado, Renan Calheiros,
garante por em votação, (PLC) 99/2013, que trata da renegociação de dívidas dos
Estados e Municípios.
Jornalista Roberto Ramalho
De
acordo com a Assessoria do Senado, o presidente da casa, Renan Calheiros
(PMDB-AL), garantiu nesta terça-feira, 4, que vai colocar em votação, amanhã
(5), no Plenário o Projeto de Lei Complementar (PLC) 99/2013, que trata da
renegociação de dívidas dos Estados e Municípios.
Segundo
informa a assessoria, a proposta permite a troca do atual indexador das
dívidas, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna IGP-DI acrescidos
de 6%, 7,5% ou 9%, para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
mais 4% ou a para a taxa Selic, o que for menor para o devedor. O texto prevê a
correção do estoque da dívida desde a assinatura dos contratos, de acordo com a
variação da Selic.
A
garantia foi dada aos governadores que estiveram presentes com o presidente do
Senado, Renan Calheiros, como o do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) e do
Paraná, Beto Richa (PSDB), ao vice-governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho
Moreira (PMDB) e a secretários de Fazenda de diversos estados, além de
deputados estaduais, federais e senadores que se reuniram na segunda com Renan
para pedir a rápida votação da proposta.
Assim
se manifestou o presidente do senado Renan Calheiros: “Do ponto de vista da
confiança dos mercados, postergar pode ter efeito contrário na economia. Por
isso, sugiro que se construa um amplo diálogo com os líderes do governo no
sentido de garantir que a proposta não seja vetada pela presidente da
República”.
O
governador Tarso Genro assegurou que a presidente Dilma Rousseff se comprometeu
em sancionar o projeto sem vetos.
O
senador Valter Pinheiro (PT-BA), que esteve em uma reunião com a ministra de
Relações Institucionais, Ideli Salvati, também disse que há um compromisso com
a sanção da proposta sem vetos.
Estados
e municípios defendem a proposta por entender que a dívida acumulada com a
União, hoje maior que R$ 467 bilhões, dificulta investimentos e o cumprimento
das metas previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal. O PLC nº 99/2013 foi
aprovado em 2013 nas comissões de Constituição e Justiça e de Economia por
unanimidade e agora está na pauta do Plenário. O senador Randolfe Rodrigues
(PSOL-AP) apresentou três destaques à proposta. Qualquer alteração nesta fase
de votação obriga uma nova análise da proposta pela Comissão de Constituição e
Justiça.
“Eu
sempre defendo um diálogo para a votação da proposta. Neste caso, não podemos
permitir que se diga que nós, irresponsavelmente estamos patrocinando uma pauta
que será vetado pela presidente”, declarou Renan Calheiros.
No
final da reunião os governadores e deputados estaduais decidiram continuar no
Congresso Nacional no sentido de buscar o apoio dos líderes dos partidos e do
Governo para garantir a aprovação da matéria.
“O
Senado não vai retirar o projeto da pauta, mas precisamos envolver todos nesse
convencimento. Nós ouvimos todos envolvidos nesse processo e há uma grande
convergência. A expectativa é que a proposta seja aprovada”, disse o presidente
do Senado, Renan Calheiros.
O governador Teotonio Vilela Filho que também participou
da reunião sobre o assunto, defendeu a votação do Projeto de Lei que vai
diminuir os juros e encargos da dívida, que hoje é praticamente impagável,
mesmo com um desembolso mensal de cerca de R$ 400 milhões.
Assim se expressou o governador: “É essa mudança
que pode fazer com que o Estado de Alagoas tenha mais sobra de recursos
próprios para fazer investimentos” (Sic).
Só que o governador não pagará os
precatórios e os créditos devidos aos servidores públicos, não concederá nenhum
reajuste digno e nem injetará grande parte dos recursos que sobrar nas áreas da
educação, segurança pública e educação.
A dívida de Alagoas com a União hoje ultrapassa os
R$ 7 bilhões.
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