Telefonema da Capitania dos Portos incrimina capitão e prova que ele abandonou navio naufragado na Itália
Jornalista Roberto Ramalho
Um telefonema entre o capitão do cruzeiro "Costa Concordia", que naufragou na sexta-feira em águas na Itália, e a Capitania dos Portos publicado hoje em toda a imprensa italiana confirma que ele deixou o navio antes da retirada de todos os passageiros e não voltou apesar de ter recebido ordem para fazê-lo.
Toda a conversa foi traduzida pelo “Jornal Nacional” da Rede Globo de Televisão. Na conversa a autoridade da Capitania dos Portos exige que o capitão volte à embarcação para dar apoio e socorrer os passageiros e tripulantes.
A conversa foi bastante tensa entre o comandante do navio "Costa Concordia" e o responsável pela Capitania dos Portos que estava de plantão naquele momento.
Às 21h54 de sexta-feira, com o navio já encalhado em frente à ilha de Giglio, no centro da Itália, o capitão garantiu que tudo estava bem e enfrentava apenas um problema técnico.
No entanto, de acordo com o jornal "Corriere della Sera", a Capitania perguntou a Schettino às 21h32 de Brasília quantas pessoas ainda restavam a bordo.
Embora a embarcação estivesse lotada de passageiros, o comandante respondeu que apenas entre 200 e 300 pessoas estavam a bordo.
A resposta fez levantar suspeitas à Capitania que perguntou se ele ainda estava a bordo do navio e Schettino confessou que o ele estava inclinando e que havia deixado o barco.
Agora a pouco, foi divulgada a nacionalidade dos 29 desaparecidos no naufrágio. São eles: 14 alemães, seis italianos, quatro franceses, dois americanos, um húngaro, um indiano e uma peruana.
Ao todo, mais de 4,2 mil pessoas estavam a bordo do navio, entre passageiros e tripulantes, quando aconteceu o acidente, o mais grave depois do afundamento do Titanic, após bater num Iceberg.
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