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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Presidente da AMB defende pagamentos a magistrados. Em Alagoas, jornal “Extra” diz que Juízes e Desembargadores receberam 20 milhões de sobras do duodécimo de 2011
 

Jornalista Roberto Ramalho com “O Estado de São Paulo” e jornal “Extra”, Alagoas
 

“Isso está desarrumado, desarranjado, precisa botar ordem. Mas a primeira ordem é: se estão devendo, paguem", declarou ontem o desembargador Henrique Calandra, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), ao comentar sobre os pagamentos milionários concedidos a seus pares no Tribunal de Justiça de São Paulo.
 

De acordo com "O Estado de São Paulo", Calandra lidera a reação da toga às medidas da corregedora nacional da Justiça, ministra Eliana Calmon. "São créditos devidos, valores que ficam acumulados. Eu mesmo devo ter para receber o que a ministra Eliana recebeu, quatrocentos e poucos mil reais. Se me dessem 200 mil eu levantava as mãos para o céu e ficava muito feliz."
 

Segundo "O Estado de S. Paulo", no TJ paulista foi identificada a "turma do milhão", magistrados que embolsaram valores superiores a R$ 1 milhão a título de verbas pagas com atraso. Calandra disse que há servidores "que têm muito mais a receber do que o Bellocchi (Roberto Bellocchi, ex-presidente do TJ que ganhou R$ 1,6 milhão, mas diz ter recebido "pouco mais" de R$ 500 mil)". "Tem que coibir abusos, mas será que juiz é obrigado a ir à Justiça para receber?", pergunta. "Você passa a vida no tribunal, não pagam férias, salário vem com atraso. Eu não tive a mesma sorte da minha colega Eliana. Não é porque não recebi que eu vou ser contra."

Em Alagoas, o jornal “Extra” afirmou que Tribunal de Justiça de Alagoas deu mais uma prova do privilégio de que se investiram os magistrados alagoanos, que se consideram acima dos demais servidores públicos. 

Segundo informa o “Extra”, em sua edição eletrônica, no apagar das luzes de 2011, o TJ premiou todos os juízes e desembargadores com a distribuição de quase R$ 20 milhões a título de diferenças salariais do passado.

De acordo com o “Extra”, cada juiz recebeu valores entre R$ 40 mil e R$ 80 mil e os desembargadores a partir de R$ 100 mil, segundo informações de magistrados ouvidos pelo jornal Extra. O total da farra natalina é de exatos R$ 19.785.666,33, que sobraram do duodécimo de 2011,  que totalizou R$ 240.197.674,00. Alguns advogados consultados pelo Extra defendem a tese de que os magistrados, assim como os demais servidores públicos, devem receber essas diferenças salariais através de precatório, não na boca do caixa do TJ.

COMENTÁRIO DE ROBERTO RAMALHO:

TANTA GENTE PASSANDO FOME E ESSES MAGISTRADOS RECEBENDO UMA FORTUNA EM DINHEIRO VIVO. MESMO QUE SEJA LEGAL, É POUCO PRODUCENTE!

ENQUANTO ISSO OS PROCESSOS SOBRE DÍVIDAS DO ESTADO DE ALAGOAS AOS SERVIDORES PÚBLICOS PODEM PERDER EFEITO E CADUCAREM, JÁ QUE OS ADVOGADOS DEIXARAM DE AGILIZÁ-LOS.

PARA QUEM NÃO SABE O CNJ ESTÁ INVESTIGANDO TODOS OS PROCESSOS PARA SABER QUEM JÁ RECEBEU E DE QUE MANEIRA ISSO FOI FEITO, PARA DEPOIS TOMAR UMA POSIÇÃO CONCRETA SOBRE O ASSUNTO.

NOS PRÓXIMOS DIAS ESTAREI ESCLARECENDO ALGUNS FATOS, POIS ESTAREI ENTRANDO EM CONTATO COM A MINISTRA ANGELA CALMON, CORREGEDORA DO CNJ, QUE ESTÁ A PAR DO ASSUNTO.

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