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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Juros (encargos financeiros) de cartão de crédito de lojas podem passar de 1000% ao ano
 

Cartões de crédito emitidos por redes varejistas podem ter juros de mais de 1.000% ao ano, caso o consumidor não pague o valor total da fatura.
 

É o caso do cartão Ibi Cred, que pertence a Rede de Departamentos C&A.
 

Aos encargos financeiros cobrados por esse cartão são extorsivos e abusivos.
 

Em geral, os consumidores estão pagando encargos financeiros em tono de 270% ao ano, considerado o maior da América latina e um dos maiores do mundo.
 

Há dois tipos de cartões para essa modalidade. O private label é ligado a uma loja ou supermercado e só pode ser usado na empresa emissora.
 

Já os híbridos, também são ligados a uma loja, podem ser usados em qualquer estabelecimento.
No entanto, na prática, os dois cartões têm juros maiores.
 

A situação se complica mais quando o cliente entra no rotativo. “É como se uma pessoa que não tem dinheiro suficiente para comprar uma geladeira comprasse logo 11 delas”, diz Adriano Gomes, professor de finanças.
 

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito, 25% dos consumidores brasileiros pagam suas contas no rotativo, sujeitando-se a juros altíssimos.

OS DESASTRES SE REPETEM
 

Artigo publicado originariamente em 8/01/2012 em O Jornal/AL

Alder Flores, Advogado, Químico e Auditor Ambiental.
 

Mais uma vez constato a notícia de ocorrências de situações de desastres em alguns municípios brasileiros.
É cediço que esta situação se repete a cada ano, nos períodos invernosos ou não. No entanto, mesmo assim os governantes e seus auxiliares sempre repetem a mesma conversa fiada, “vamos mapear as áreas de risco, de instabilidade, estabelecer isso ou aquilo e disponibilizar os recursos necessários, etc.”.
 

No entanto, pouco se faz ou não se faz nada e os desastres anunciados se repetem. O desastre pode ser entendido como o resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem, sobre certa população vulnerável, causando danos humanos, materiais e ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais.
 

O surgimento de áreas criticas decorrentes de fenômenos naturais está relacionado quase sempre à instabilidade geomorfológica sob precipitações pluviométricas anormais e os estudos desenvolvidos a nível de diagnóstico, de acordo com as diferentes área de conhecimento, devem ter o objetivo da clara identificação desses fenômenos e de suas causas.
 

As áreas geologicamente inadequadas, sujeitas a deslizamentos requerem um levantamento específico, fundamental para evitar ocupações de risco. Os especialistas recomendam especial atenção para a identificação das tendências de expansão dos agrupamentos populacionais nas áreas dos municípios a fim de identificar os possíveis riscos e antecipar as soluções.
 

Muitas vezes as ocorrências de desastres são ocasionadas por ações antrópicas continuamente produzidas nos contextos sociais, construindo gradativamente o cenário no qual os desastres vão ocorrer. Portanto, se mostra necessário que ocorram mudanças estruturais e de gestão nas políticas públicas e que as mesmas se mostrem adequadas para eliminá-los ou minimizá-los.
 

A prática tem demonstrado que somente incorporando o tema dos desastres nas políticas e nos programas de redução da pobreza, governabilidade, estratégias ambientais e outras áreas de desenvolvimento sustentável, podem-se incidir positivamente nos fatores que incrementam a vulnerabilidade a estas ocorrências.
 

Ainda hoje se vê no estado brasileiro que o gerenciamento dos desastres está ainda concentrado nas ações de respostas após o impacto do evento, sustentadas no socorro e na assistência as pessoas atingidas. Isto é coisa do passado. As ações da gestão dos desastres tem que ser vista através de um processo de prevenção, preparação, resposta e reconstrução, e essas etapas compreendem o gerenciamento de riscos e de desastres, implicando em um processo relacionado com o planejamento, com a organização, com o controle de recursos, dos riscos e das vulnerabilidades.
 

Assim sendo, a prevenção dos desastres agrega-se a promoção de qualidade de vida de forma ampla e integral, sem permitir, com isso, que as responsabilidades se percam em discursos políticos inflamados de saber, mais esvaziados de poder e fazer.

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