Governo de Alagoas vai conceder reajuste geral de salário para o funcionalismo e anúncio pode sair ainda em março. O que falta agora é definir o percentual. Parte 1.
Roberto Ramalho é jornalista e colunista do Portal RP-Bahia.
O secretário da Fazenda, George Santoro revela que o governador pretende antecipar ao máximo as negociações com os servidores e anunciar o reajuste ainda em março. Disse ele em entrevista concedida a mídia recentemente: “estamos levantando todos os números, fazendo as projeções, para que o governador possa tomar uma decisão, mas só poderemos apresentar uma proposta para o governador após a publicação de um decreto do governo federal, que esperamos, ocorra até março”.
Na sexta-feira, 24 de fevereiro, ao falar da paralização da Polícia Civil que acabou sendo suspensa após acordo, o governador afirmou que não daria aumento “específico” para nenhuma categoria, antes do aumento geral do funcionalismo. Disse ele: “Não podemos, para falar claramente, dar aumento pontual antes do aumento geral dos servidores”.
Em conversa com jornalistas, o governador pontuou sobre a real possibilidade de conceder o reajuste aos servidores: “No ano passado, o Brasil inteiro não pôde dar aumento e esse ano eu estou trabalhando para dar aumento aos servidores. Então, quero dar um aumento geral antes de tratar as questões específicas”.
É bom lembrar ao governador que o reajuste que ele não concedeu no ano passado, seria em torno dos 10%, pelo Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo.
Porém, esse ano, o reajuste a ser anunciado provavelmente em março ou abril deve ter como base o IPCA de 2016, que foi de 6,29%, e deve corrigir os salários a partir de maio, mês da data base dos servidores públicos estaduais.
O percentual, aponta o secretário da Fazenda, pode ser igual, menor ou até maior, a depender dos dados que estão sendo levantados: “o governador quer dar o aumento e eu estou trabalhando junto com o secretário Fabrício (Fabrício Santos, do Planejamento e Gestão) para apresentar uma proposta de reajuste dentro da capacidade de pagamento do estado, levando em consideração o teto de gastos e outras questões que dependem de um decreto do governo federal”, pondera. O secretário George Santoro também está preocupado com o “crescimento vegetativo” da folha de pessoal. Disse ele: “a folha deve crescer este ano, independente de qualquer reajuste, pelo menos 3% em função de questões judiciais e outros benefícios salariais, a exemplo das progressões horizontais e verticais dos servidores”.
O reajuste será dado dentro da capacidade de pagamento do governo. O pior cenário seria dar um aumento e não poder pagar, o que geraria um caos administrativo e financeiro para os próprios servidores e para todo o Estado”, enfatiza.
Antes de sair da SEPLAG para a SESAU, em janeiro, Crhistian Teixeira afirmou que já havia começado diálogos junto ao Secretário da Fazenda, George Santoro, e com o governador Renan Filho, para ver o que poderia ser concedido ao servidor público.
Se o governador não conceder nenhum percentual de reajuste aos servidores públicos estará dando um tiro no próprio pé e revoltando toda uma categoria que passa por dificuldades financeiras, com dívidas no cartão de crédito, IPTU, Escola Privada, pagamentos de seguro de automóveis, entre outros.
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