Exército sírio avança rumo à Palmira para expulsar jihadistas do Estado Islâmico
Jornalista Roberto Ramalho
Apoiadas pela Força Aérea, as tropas do exército sírio cujo regime está em guerra civil com a oposição, avançaram nesta quinta-feira, localizando-se a poucos quilômetros de Palmira, em meio aos combates com os jihadistas do Estado Islâmico (EI) nessa antiga cidade do centro do país em guerra.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), os soldados sírios estão 5 km ao oeste da cidade e travam intensos e violentos combates com os jihadistas.
"As forças do regime podem entrar na cidade a qualquer momento. Elas não estão longe. O deserto separa os efetivos da cidade", acrescentou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.
A Força Aérea bombardeia a cidade intensamente, e os moradores estão em fuga, acrescentou.
De acordo com ele, ainda não há condições para divulgar um balanço sobre vítimas. Em Damasco, uma fonte de segurança confirmou o avanço do Exército e a continuação dos combates.
"Ontem (quarta-feira), o Exército conseguiu avançar de maneira significativa na direção da cidade", relatou a fonte da Agência de Notícias France Presse.
Palmira caiu nas mãos do EI em 21 de maio passado e agora poderá voltar ao controle do regime sírio.
As ruínas de Palmira são consideradas Patrimônio Mundial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
A agência da ONU condenou as destruições, por parte do EI, das obras de arte dessa localidade, em particular dos monumentos funerários e da estátua do Leão de Al Lat.
O EI divulgou um vídeo on-line, no qual mostrou 25 soldados do regime sírio sendo executados por adolescentes no anfiteatro da cidade.
Deflagrado pela repressão, por parte do governo, de um movimento de contestação pacífico em março de 2011, o conflito no Síria começou entre o Exército e rebeldes sírios e acabou se tornando mais complexo e sangrento com o envolvimento de inúmeros grupos rebeldes, dos cursos e de jihadistas procedentes, em especial, do exterior.
Até o momento mais de 230 mil pessoas já morreram no conflito, segundo o OSDH.
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