Prisões de operação lava jato é uma
das maiores já realizadas pela PF contra a corrupção no Brasil
Jornalista Roberto Ramalho
A Deflagração de uma das
maiores operações da Polícia Federal em todos os tempos, prendendo peixes-graúdos,
como executivos de grandes empresas, com uma completa cobertura da mídia em uma
sexta-feira traz uma certeza: a impunidade nesse país está começando a acabar.
O Poder Judiciário está
praticamente trabalhando em esquema de plantão nos fins de semana, embora a
busca por juízes se torne um pouco dificultoso.
Nesta sexta-feira
(14/11) a PF prendeu o ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque, e
mais 17 pessoas de forma temporária e preventiva.
A decisão que acabou nas prisões e os
mandados de busca e apreensão cumpridos foi proferida há quatro dias, no dia
10, pelo juiz federal Sergio Fernando Moro.
Nesse sentido, os executivos das sete
maiores empreiteiras do país terão que passar o fim de semana atrás das grades antes
de verem seus Habeas Corpus analisados por magistrados.
Os advogados dos
envolvidos nesse gigantesco escândalo sabem que as prisões deverão durar cinco
dias. Isso porque é muito difícil magistrados concederem Habeas Corpus no
plantão.
O magistrado deverá, na
verdade, "analisar o caso na segunda-feira e determinar a soltura na
terça", segundo um dos advogados que atuam no caso. Isso se vier a
acontecer
Um outro advogado do
caso, o criminalista Fábio Tofic Simantob, que defende a empresa Engevix, disse
que as prisões desta sexta-feira são ilegais.
De acordo com ele, os executivos
estão sendo presos por se recusarem a confessar o crime do qual são acusados.
Afirmou o advogado: “A decisão que
decreta a prisão chega ao extremo de dizer que a prisão se faz necessária para
impedir que os investigados voltem a fraudar a prova, referindo-se à recusa
anterior de confessar o crime”.
Como advogado, jornalista e cidadão,
essa afirmação do nobre advogado é uma estratégia de defesa, nada mais que
isso.
É o velho teatro de quem advoga a
favor dos poderosos envolvidos em falcatruas.
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