Artigo
– O poder dos BRICs
Roberto
Ramalho é jornalista, escritor, pesquisador e blogueiro
Segundo a enciclopédia
Wikipédia, em economia, BRICs é um acrônimo que se refere aos países membros fundadores (o grupo BRIC: Brasil, Rússia, Índia e China) e à África
do Sul,
que juntos formam um grupo político de cooperação.
Em 14 de
abril de 2011, o "S" foi
oficialmente adicionado à sigla BRIC para formar o BRICs, após a admissão da África
do Sul (em inglês: South África) ao grupo. Os membros
fundadores e a África do Sul estão todos em um estágio similar de mercado emergente, devido ao seu desenvolvimento econômico. É geralmente traduzido como "os BRICs" ou "países BRICs" ou, alternativamente, como
os "Cinco Grandes".
Na reunião entre os países membros realizada na Austrália,
antes da cúpula do G-20, a presidenta Dilma Rousseff conduziu o encontro que ocorreu em Brisbane nesta sexta (14),
de acordo com o horário de Brasília.
Ela lembrou as principais iniciativas
do bloco definidas durante a VI Cúpula
do BRICs, que ocorreu no Brasil em julho, como a criação do Banco de Desenvolvimento e o Acordo
Contingente de Reservas. “Agora vamos dar mais um passo na consolidação
desses mecanismos”, destacou.
Em nota divulgada à imprensa, os líderes dos países
emergentes fizeram uma avaliação e um balanço da economia mundial e disseram
que estar por vir uma recuperação forte afastando a crise financeira
internacional.
Eles destacaram, ainda, o papel dos países em desenvolvimento,
afirmando que: “Economias emergentes de mercado têm contribuído para a
atividade econômica global ao manterem taxas de crescimento elevadas, a
despeito de circunstâncias adversas e dos impactos das políticas das principais
economias avançadas, sobretudo as monetárias”, diz o documento.
Os líderes do BRICs embora
reconheçam os esforços do G20,
ressaltam que é preciso fazer muito mais “para sustentar a demanda global no
curto prazo especialmente por parte das economias avançadas, e para promover um
incremento do investimento e do potencial de crescimento de longo prazo”.
A presidenta Dilma Rousseff conduziu a reunião, na condição de
presidente pro tempore do grupo, e
destacou a importância das medidas adotadas pelo BRICs no último encontro do bloco, realizado no Brasil.
Na
reunião, Dilma lembrou das principais iniciativas do bloco, definidas
no encontro realizado em Fortaleza no mês de julho, afirmando: “Em
meio às dificuldades da conjuntura internacional, foi fundamental que, em nosso
último encontro, no Brasil, tivéssemos, aprovado a criação de dois importantes
instrumentos – o Banco de Desenvolvimento dos Brics e o Acordo Contingente de
Reservas, para potencializar nossa atuação econômica e financeira”,
frisou a presidenta.
Em 2001, o economista inglês Jim
O’Neill, que trabalhava para uma grande instituição financeira, fez uma
surpreendente previsão: os países do G-7,
incluindo Estados Unidos, Reino Unido e Japão, não seriam mais as grandes
potências econômicas do mundo.
Com o advento do processo de
globalização, despontaria uma nova era na qual Brasil, Rússia, Índia e China,
nações então emergentes, populosas, urbanizadas, ricas em matérias-primas e
ambiciosas, ultrapassariam as principais economias do Ocidente.
O’Neill criou, assim, o acrônimo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China)
que originou o livro O mapa do crescimento - Oportunidades econômicas nos BRICs e além deles.
Finalizando essa primeira parte do artigo, os BRICs já não podem ser consideradas mais
como as potências emergentes. Fazendo uma analisa sobre a ascensão
político-diplomática e o desenvolvimento econômico-social da China, da Rússia,
da Índia, do Brasil e da África do Sul, como grandes protagonistas da
transformação do sistema mundial, o grupo ocupa hoje uma posição de destaque no
cenário mundial.
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