Senadores de vários partidos políticos deflagram ofensiva contra presidente
do Congresso Nacional, Renan Calheiros
Jornalista Roberto Ramalho com Agências de Notícias
Senadores de diversos partidos políticos que se
denominam independentes deflagraram na terça-feira uma ofensiva ao presidente
do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Convocados pelo senador Jarbas Vasconcelos
(PMDB-PE), os 13 parlamentares discutiram o que chamaram de "falsa"
agenda positiva implementada em resposta às manifestações populares, avaliaram
a situação de "ameaça" vivida pelos senadores Randolfe Rodrigues
(PSOL-AP) e João Capiberibe (PSB-AP), e demonstraram o incômodo com a rejeição
de indicados aos Conselhos Nacionais do Ministério Público (CNMP) e de Justiça
(CNJ).
Segundo os senadores, Renan Calheiros e aliados têm
adotado posturas "não republicanas".
O grupo prepara uma nota em reação a não aprovação,
em votações secretas no plenário do Senado, de procuradores para o CNMP e o
CNJ.
Orquestrada por parlamentares do PMDB, PT e PTB, a
rejeição tem sido considerada uma "vingança" contra o
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, responsável pelo envio de
denúncias contra vários parlamentares que tem praticado todo tipo de conduta
criminosa ao Supremo Tribunal Federal (STF).
"A ideia é que alguém está querendo vingar o
trabalho do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Não podemos usar uma
instituição como o Senado como instrumento de vingança", avaliou o senador
Pedro Taques (PDT-MT).
Os independentes falaram ainda em
"ameaças" que Rodrigues e Capiberibe receberiam em relação a um
processo que corre contra eles no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da
Casa. As denúncias contra eles, enviadas pelo presidente do Congresso à
Procuradoria-Geral da República (PGR) no início de 2013, foram arquivadas por
Gurgel, que acaba de deixar o cargo por ter expirado o seu prazo.
"Mas ainda há uma representação no Conselho de
Ética contra os dois e eles querem que seja julgado, não querem que fique
parado", destacou o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
Em discursos na tribuna do Senado na terça-feira, o
senador do PSOL da Amapá repetiu que a acusação foi fraudada por documentos por
ser aliado do senador do PSB do Amapá na Assembleia Legislativa do Estado.
"Já na época as denúncias se constavam inverídicas. O denunciante de hoje
é réu confesso de falsificação de documentos", destacou o senador Randolfe
Rodrigues.
É o velho e temido Renan Calheiros. Com certeza ela
será candidato ao governo de Alagoas, enfrentando o atual prefeito de Maceió,
Rui Palmeira. Caso ele desista, tudo indica que o candidato será o seu filho, o
deputado federal, Renan Filho (PMDB-AL).
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