Psiquiatra famoso
afirma que filho de 13 anos, suspeito da chacina, não se enquadrava no perfil
de quem mata a família
Jornalista Roberto Ramalho
O psiquiatra Daniel Barros, do
Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, disse que as
investigações não indicam até agora que o menino Marcelo Pesseghini, de 13
anos, tenha o perfil psiquiátrico padrão de alguém capaz de cometer crimes como
o assassinato de sua família em São Paulo.
Disse o psiquiatra: “É preciso muita
cautela ao atribuir o crime ao menino. Tudo o que aconteceu é muito atípico”,
salienta Barros.
De acordo com o psiquiatra, crimes como
o assassinato dos pais normalmente são motivados por históricos de violência
familiar, abuso físico ou sexual e razões financeiras, e concluiu dizendo:
“Essa pessoa, em geral, não se mata depois. Ela já colocou um fim no que a
atormentava”.
E, após ter duvidado da linha de
investigação da polícia no caso, o comandante do 18º Batalhão da PM, Wagner
Dimas, foi ouvido pela Corregedoria e negou que a cabo Andreia Pesseghini tenha
feito denúncias contra colegas da corporação antes de ser morta.
Nessa quarta-feira (8), Dimas disse que
a cabo havia denunciado policiais por envolvimento com roubo a caixas
eletrônicos.
O comandante afirmou também que não
estava "confiante" de que Marcelo Pesseghini, de 13 anos, tenha
matado toda a família e depois se suicidado.
A declaração de Dimas gerou crise
dentro da Secretaria de Estado da Segurança Pública, já que a investigação
aponta o adolescente como o único suspeito de ter cometido o crime.
O
delegado que cuida do caso informou que vai convocar o coronel para depor, mas
descartou outros suspeitos para a chacina da família. Segundo ele, havia sangue
na camiseta do menino, "mas não havia nada no chão, nem pegadas". Em
nota à imprensa, o Comando da PM afirma que não houve denúncias registradas na
Corregedoria da PM por meio da cabo Andréia Pesseghini contra PMs.
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