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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Médico-legista alagoano, George Sanguinetti, afirma que filho não assassinou seus familiares e não praticou suicídio

Jornalista Roberto Ramalho

A posição do corpo de Marcelo Pesseghini, de 13 anos, encontrado morto na última segunda-feira, mostra que não houve suicídio e o garoto foi assassinado, afirma de maneira contundente o médico legista George Sanguinetti.

O legista que ficou conhecido por ter refeito o laudo das mortes do casal PC Farias e Suzana Marcolino e por apontar que eles foram assassinados, em 1996, diz que a posição do corpo de como a criança está não caracteriza suicídio.

O corpo do menino Marcelo foi encontrado junto aos dos pais, o sargento da Rota Luís Pesseghini, e a policial militar Andréia Pesseghini, na casa onde moravam, em São Paulo.

O legista comentou o assunto no perfil dele no Facebook. Sanguinetti diz que a posição do corpo de Marcelo diz claramente que o garoto não foi o autor do tiro que o matou, pois a mão direita estava em cima do lado esquerdo da cabeça e o braço esquerdo, dobrado para trás, com a palma da mão esquerda aberta para cima.

De acordo com o perito, essa posição não é a de uma pessoa que se suicidou. “Não estou contestando o trabalho da Polícia de São Paulo, apenas estou apresentando a "linguagem do cadáver de Marcelo", onde diz claramente que não foi autor do tiro que o matou, e conclui na sua página do Facebook: 

É básico em Criminalística e Medicina Legal que o Perito só atesta o que encontra, só declara o que pode provar. Portanto irei analisar a morte de Marcelo, que tem sido divulgada como suicídio. O membro superior direito encontra-se em flexão, braço-antebraço na parte anterior do tórax (esternal)´dirigindo-se para o lado esquerdo da cabeça, onde a mão direita encontra-se na parte esquerda do segmento cefálico. O membro superior esquerdo, braço-antebraço, em ângulo de 90 graus e a região palmar voltada para o dorso. Foi afirmado que o menor era sinistro(canhoto), impossível disparar arma de fogo com a mão esquerda, na têmpora esquerda e a mão direita, ser encontrada na posição final, onde foi do lado esquerdo, e a mão esquerda fletida para o dorso, apresentando o braço esquerdo=antebraço, rotação para o dorso. Não estou contestando o trabalho da Polícia de São Paulo, apenas estou apresentando a " linguagem do cadáver de Marcelo" onde diz claramente que não foi autor do tiro que o matou. A ausência de exame residuográfico positivo também tem muita importância, como também na epiderme – derme, chumbo, pólvora, antimônio, bário. Como o tiro teria sido com arma apoiada, também sangue e outros materiais orgânicos resultantes da explosão dos gases(lesão de Hoffmann ou buraco de mina)”.

Sanguinetti também foi contratado pelas defesas do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, presos pela morte da menina Isabella Nardoni, e do goleiro Bruno, preso pelo suposto assassinato de Eliza Samudio.


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