Médico-legista alagoano, George
Sanguinetti, afirma que filho não assassinou seus familiares e não praticou
suicídio
Jornalista Roberto Ramalho
A posição do corpo de Marcelo
Pesseghini, de 13 anos, encontrado morto na última segunda-feira, mostra que
não houve suicídio e o garoto foi assassinado, afirma de maneira contundente o
médico legista George Sanguinetti.
O legista que ficou conhecido por ter
refeito o laudo das mortes do casal PC Farias e Suzana Marcolino e por apontar
que eles foram assassinados, em 1996, diz que a posição do corpo de como a criança
está não caracteriza suicídio.
O corpo do menino Marcelo foi
encontrado junto aos dos pais, o sargento da Rota Luís Pesseghini, e a policial
militar Andréia Pesseghini, na casa onde moravam, em São Paulo.
O legista comentou o assunto no perfil dele
no Facebook. Sanguinetti diz que a posição do corpo de Marcelo diz claramente
que o garoto não foi o autor do tiro que o matou, pois a mão direita estava em
cima do lado esquerdo da cabeça e o braço esquerdo, dobrado para trás, com a
palma da mão esquerda aberta para cima.
De acordo com o perito, essa posição
não é a de uma pessoa que se suicidou. “Não estou contestando o trabalho da
Polícia de São Paulo, apenas estou apresentando a "linguagem do cadáver de
Marcelo", onde diz claramente que não foi autor do tiro que o matou, e
conclui na sua página do Facebook:
“É básico em Criminalística e Medicina
Legal que o Perito só atesta o que encontra, só declara o que pode provar.
Portanto irei analisar a morte de Marcelo, que tem sido divulgada como
suicídio. O membro superior direito encontra-se em flexão, braço-antebraço na
parte anterior do tórax (esternal)´dirigindo-se para o lado esquerdo da cabeça,
onde a mão direita encontra-se na parte esquerda do segmento cefálico. O membro
superior esquerdo, braço-antebraço, em ângulo de 90 graus e a região palmar
voltada para o dorso. Foi afirmado que o menor era sinistro(canhoto),
impossível disparar arma de fogo com a mão esquerda, na têmpora esquerda e a
mão direita, ser encontrada na posição final, onde foi do lado esquerdo, e a
mão esquerda fletida para o dorso, apresentando o braço esquerdo=antebraço,
rotação para o dorso. Não estou contestando o trabalho da Polícia de São Paulo,
apenas estou apresentando a " linguagem do cadáver de Marcelo" onde
diz claramente que não foi autor do tiro que o matou. A ausência de exame
residuográfico positivo também tem muita importância, como também na epiderme –
derme, chumbo, pólvora, antimônio, bário. Como o tiro teria sido com arma
apoiada, também sangue e outros materiais orgânicos resultantes da explosão dos
gases(lesão de Hoffmann ou buraco de mina)”.
Sanguinetti também foi contratado pelas
defesas do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, presos pela morte da
menina Isabella Nardoni, e do goleiro Bruno, preso pelo suposto assassinato de
Eliza Samudio.
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