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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013



Juiz manda e polícia prende dono de boate e vocalista da banda que soltou sinalizador. 231 pessoas morreram e 80 permanecem em estado grave

Jornalista Roberto Cavalcanti

A polícia prendeu na manhã dessa segunda-feira um dos donos da boate Kiss e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira. 

Elissandro Sphor, conhecido como Kiko, foi preso em um hospital da cidade de Cruz Alta. O outro dono da boate também teve prisão temporária decretada, mas ainda não foi localizado pela polícia.

Já o vocalista e um produtor de palco da banda foram detidos no município de Mata. Eles tiveram o pedido de prisão temporária de cinco dias decretada pelo juiz Regis Bertolin.

O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo, durante a apresentação da banda que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico. Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "Sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se propagou em poucos minutos. Segundo a Defesa Civil, o fogo realmente começou na espuma de isolamento acústico quando um dos integrantes da banda que se apresentava acendeu um sinalizador que atingiu o teto. Um segurança da casa e o vocalista da banda tentaram apagar o incêndio, mas o extintor não funcionou. O sanfoneiro da banda, Danilo Jaques, de 30 anos, está entre os mortos.

O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. A grande maioria morreu asfixiada em razão da inalação do produto tóxico e outra parte terminou morrendo pisoteada.

Segundo a polícia, o público na hora da tragédia era de aproximadamente mil pessoas. O Corpo de Bombeiros, no entanto, estima que o número era bem maior, chegando a cerca de 1.500 pessoas. 

Um dos proprietários da boate Kiss, que pegou fogo na madrugada de domingo em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, prestou depoimento a polícia e confirmou que o alvará da casa estava vencido, porém em processo de renovação. 

O número de mortos no incêndio chega a 231, sendo que cerca de 106 pessoas permanecem hospitalizadas (80 em estado grave). 

Eles podem ser indiciados sob suspeita de homicídio culposo (sem intenção) e provocação de incêndio. Além do alvará de funcionamento, a boate funcionava também sem o Plano de Prevenção a Incêndio, vencido desde agosto de 2012, de acordo com o secretário nacional de Defesa Civil, coronel Humberto Viana. 

Este é o segundo maior incêndio do Brasil. A maior tragédia brasileira foi registrada em 1961, quando 503 pessoas morreram em um incêndio no Grande Circo Brasileiro, em Niterói, no Estado do Rio de Janeiro.

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