Eleição para o Senado
deverá eleger Renan Calheiros. E revista Veja acusa senador de usar recursos do
Senado para pagar o aluguel do partido em Maceió
Jornalista Roberto Cavalcanti
Tudo levava a crer que o que parecia ser um caminho
tranquilo para a eleição do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), tem agora um
novo contexto.
Depois do anúncio da candidatura de Randolfe
Rodrigues (PSol-AP) à Presidência do Senado, agora ele já merece uma atenção
especial.
O político do Amapá que já havia concorrido dois
anos enfrentando José Sarney (PMDB-AP) que acabou se elegendo para o posto,
agora está mais maduro e mais conhecido da mídia.
O fato novo, agora, é que Randolfe já não é mais o
mesmo candidato de 2011. Ele ganhou notoriedade da mídia e passou a ser mais
respeitado pelos colegas mais velhos.
Mesmo sabendo que Renan Calheiros é o favorito para
ganhar a presidência do Senado, há quem acredite que ele possa surpreender, já
que teria o apoio dos chamados senadores independentes, como Pedro Taques
(PDT-MT), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Inclusive
os três, mais Randolfe, chegaram a elaborar um documento propondo um nome
diferente para disputar a presidência do Senado.
Estranhamente o PSDB não irá apoiar a candidatura
do candidato do PSol-AP), já que não é um partido da base de sustentação do
governo da presidente Dilma Rousseff.
Mas é muito difícil que Renan Calheiros não seja
eleito, já que é senador antigo, de um partido tradicional, muito experiente e
vivido, além de ser aliado do Palácio do Planalto.
E ainda tem o fato de existir um acordo sobre
revezamento na Mesa Diretora das legendas maiores, como a dele, por exemplo.
E
segundo o site da revista Veja, o senador Renan Calheiros estaria usando verba
de gabinete para alugar a sede do PMDB em Alagoas.
De
acordo com a revista, o aluguel é pago ao seu próprio suplente, que omitiu ser
dono do imóvel à Justiça Eleitoral. O senador peemedebista nega irregularidade.
Respondendo a revista Veja, a assessoria de
imprensa de Renan afirma que o imóvel é alugado de Fábio Luiz Farias desde os
anos 1990. E diz que apenas um andar do prédio - que tem um pavimento além do
térreo - seria destinado à estrutura do PMDB alagoano.
O senador Renan Calheiros declarou ao site da
revista VEJA que o aluguel custeado com a verba indenizatória diz respeito
apenas ao andar do prédio que corresponde ao seu escritório; segundo ele, o
PMDB de Alagoas paga um aluguel separado pelo restante do espaço. O
peemedebista também negou que funcionários de seu gabinete prestem serviços
para o partido. As informações divulgadas pelo próprio gabinete e pelo PMDB,
entretanto, confirmam a sobreposição de interesses: até o número de telefone
informado é o mesmo.
Fábio Luiz Farias não quis dar explicações sobre a
omissão do imóvel em sua declaração de bens.
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