Presidente Dilma Rousseff é capa da revista americana
Forbes e considerada a 3ª mulher mais poderosa do mundo
Jornalista Roberto Ramalho
A presidente Dilma Rousseff
foi citada pela revista americana Forbes como a 3ª mulher mais poderosa do
mundo, mesma posição ocupada no ano passado.
A chanceler alemã,
Angela Merkel, foi considerada a primeira da lista e a Secretária de Estado
americana, Hillary Clinton, repetiu o posto alcançado em 2011, ficando em 2º
lugar.
A primeira-dama Michelle
Obama, que ficou em primeiro lugar em 2010, despencou este ano para a 7ª posição.
A média de idade das 100
mulheres mais poderosas do mundo em 2012, segundo a revista americana, uma das
mais conceituadas do mundo é de 55 anos.
"Essas mulheres de poder exercem influência de
formas muito diferentes e para fins muito diferentes, e todas com impactos
muito diferentes sobre a comunidade global", disse a presidente e editora
da Forbes Woman, Moira Forbes.
Municípios agravam crise da Saúde transferindo
doentes
Editorial
de O Globo – 22.08.2012
A série de reportagens que O GLOBO publica desde
domingo, com a emblemática rubrica de "O expresso da dor", acrescenta
mais elementos ao drama dos pacientes que dependem do atendimento do sistema de
saúde pública fluminense. Municípios do estado, principalmente da Baixada
Fluminense, deixam de cuidar de seus doentes e adotam a solução mais simples -
para o poder público local - de transferi-los para unidades da capital, em
busca de tratamento e internação.
O movimento de repassar responsabilidades para fora
das próprias fronteiras tem pelo menos dois efeitos nocivos, um em cada ponta
envolvida nessas ações. Na parte de onde procedem as incontáveis remoções,
sofrem os pacientes, não raro obrigados a fazer extenuantes viagens, carregando
suas próprias dores ou levando ao colo crianças para serem medicadas. No lado
que, sem ter como recusar socorro, os recebe sobrecarrega-se a já crítica rede
de atendimento dos hospitais públicos da capital. Neste último caso,
compromete-se o esforço que governos estadual e municipal têm feito para cuidar
das próprias demandas.
Há razões estruturais que ajudam a explicar mais
esse perverso ângulo de um sistema em permanente crise. Estas podem até
depender de ações de longo prazo, que envolvem as três instâncias do poder
público do país, em providências para dar conta de crônicas demandas da Saúde
em nível nacional. Mas há também, na exportação de doentes para o Rio, causas
que se assentam em fatores conjunturais - como o mau gerenciamento de recursos
existentes, a opção por anêmicos investimentos nas redes públicas de
atendimento e a óbvia percepção de que é mais fácil transferir problemas do que
resolvê-los.
Por trás dessa canhestra realidade administrativa
há dados significativos: pelo menos 15 cidades fluminenses aplicam menos de um
real por dia na saúde de cada um de seus habitantes (sete delas na Baixada). Em
São Gonçalo, um dos municípios mais populosos do estado, o gasto com saúde por
pessoa foi de R$ 0,57 em 2011. Nova Iguaçu, também densamente povoada, exportou
ano passado 12.207 doentes, ou 33 por dia. Em Mesquita, deu-se o quadro mais
grave: com o único hospital da cidade fechado há um ano, todos os 3.034
pacientes que dependiam de internação foram removidos para fora das fronteiras
municipais.
Na ponta que recebe esse
contingente de doentes, o reflexo é direto. Num resignado desabafo, o
secretário municipal de Saúde do Rio, Hans Dohmann, queixa-se: "A sensação
que temos é que, quando abrimos uma nova unidade aqui (na cidade do Rio), uma
se fecha num município vizinho." Por certo, é um quadro que, para ser
mudado, implica ações locais, em nível municipal, e externas, da parte dos
governos estadual e federal. Mas há também iniciativas que podem - e devem -
ser feitas dentro dessa realidade que não sejam simplesmente encher vans com
doentes e lavar as mãos.
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