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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012



Presidente Dilma Rousseff é capa da revista americana Forbes e considerada a 3ª mulher mais poderosa do mundo

Jornalista Roberto Ramalho

A presidente Dilma Rousseff foi citada pela revista americana Forbes como a 3ª mulher mais poderosa do mundo, mesma posição ocupada no ano passado. 

A chanceler alemã, Angela Merkel, foi considerada a primeira da lista e a Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, repetiu o posto alcançado em 2011, ficando em 2º lugar.
A primeira-dama Michelle Obama, que ficou em primeiro lugar em 2010, despencou este ano para a 7ª posição. 

A média de idade das 100 mulheres mais poderosas do mundo em 2012, segundo a revista americana, uma das mais conceituadas do mundo é de 55 anos. 

"Essas mulheres de poder exercem influência de formas muito diferentes e para fins muito diferentes, e todas com impactos muito diferentes sobre a comunidade global", disse a presidente e editora da Forbes Woman, Moira Forbes.

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ Municípios agravam crise da Saúde transferindo doentes 

Editorial de O Globo – 22.08.2012

A série de reportagens que O GLOBO publica desde domingo, com a emblemática rubrica de "O expresso da dor", acrescenta mais elementos ao drama dos pacientes que dependem do atendimento do sistema de saúde pública fluminense. Municípios do estado, principalmente da Baixada Fluminense, deixam de cuidar de seus doentes e adotam a solução mais simples - para o poder público local - de transferi-los para unidades da capital, em busca de tratamento e internação.

O movimento de repassar responsabilidades para fora das próprias fronteiras tem pelo menos dois efeitos nocivos, um em cada ponta envolvida nessas ações. Na parte de onde procedem as incontáveis remoções, sofrem os pacientes, não raro obrigados a fazer extenuantes viagens, carregando suas próprias dores ou levando ao colo crianças para serem medicadas. No lado que, sem ter como recusar socorro, os recebe sobrecarrega-se a já crítica rede de atendimento dos hospitais públicos da capital. Neste último caso, compromete-se o esforço que governos estadual e municipal têm feito para cuidar das próprias demandas.

Há razões estruturais que ajudam a explicar mais esse perverso ângulo de um sistema em permanente crise. Estas podem até depender de ações de longo prazo, que envolvem as três instâncias do poder público do país, em providências para dar conta de crônicas demandas da Saúde em nível nacional. Mas há também, na exportação de doentes para o Rio, causas que se assentam em fatores conjunturais - como o mau gerenciamento de recursos existentes, a opção por anêmicos investimentos nas redes públicas de atendimento e a óbvia percepção de que é mais fácil transferir problemas do que resolvê-los.

Por trás dessa canhestra realidade administrativa há dados significativos: pelo menos 15 cidades fluminenses aplicam menos de um real por dia na saúde de cada um de seus habitantes (sete delas na Baixada). Em São Gonçalo, um dos municípios mais populosos do estado, o gasto com saúde por pessoa foi de R$ 0,57 em 2011. Nova Iguaçu, também densamente povoada, exportou ano passado 12.207 doentes, ou 33 por dia. Em Mesquita, deu-se o quadro mais grave: com o único hospital da cidade fechado há um ano, todos os 3.034 pacientes que dependiam de internação foram removidos para fora das fronteiras municipais.

Na ponta que recebe esse contingente de doentes, o reflexo é direto. Num resignado desabafo, o secretário municipal de Saúde do Rio, Hans Dohmann, queixa-se: "A sensação que temos é que, quando abrimos uma nova unidade aqui (na cidade do Rio), uma se fecha num município vizinho." Por certo, é um quadro que, para ser mudado, implica ações locais, em nível municipal, e externas, da parte dos governos estadual e federal. Mas há também iniciativas que podem - e devem - ser feitas dentro dessa realidade que não sejam simplesmente encher vans com doentes e lavar as mãos.


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