Comandante do Exército divulga vídeo nas redes sociais e para as tropas em que fala sobre 'crise ética' no país, contudo, descarta intervenção militar.
Roberto Ramalho é jornalista e colunista do Portal RP-Bahia.
O general Villas Bôas, comandante do Exército, divulgou nas redes sociais e no site da corporação um vídeo onde descreve como persistente, com reflexos nos vencimentos e salários, a crise econômica, política e, sobretudo, ética no país.
O militar diz que vislumbra um cenário ainda pior para o ano que vem, com reflexos nos vencimentos e salários.
Contudo, ressalta o general, descrevendo várias missões humanitárias e de segurança, que o Exército não irá se abalar e que passará por tal cenário sempre respeitando a Constituição.
Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" no começo deste mês, Villas Bôas disse que há "chance zero" de setores das Forças Armadas se encantarem com a volta dos militares ao poder.
Em tom de crítica, ele disse que há "tresloucados" ou "malucos" que aparecem cobrando intervenção por causa do caos político que vive o país.
E declarou o seguinte: "Eu respondo com o artigo 142 da Constituição. Está tudo ali. Ponto".
Pelo artigo 142, "as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem."
Isto é, as Forças Armadas estão submetidas ao presidente e agem sob solicitação de algum dos três Poderes.
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