Avião da LaMia que caiu
com time do Chapecoense tinha sobrecarga, piloto demorou a relatar
emergência e já não tinha combustível, diz Aeronáutica da Colômbia.
Roberto Ramalho é jornalista e colunista do Portal RP-Bahia.
O avião da LaMia que transportava o time da Chapecoense, jornalistas e tripulantes, caiu por falta de combustível, segundo avaliação preliminar da Aeronáutica colombiana.
A aeronave viajou com o combustível no limite e com excesso de peso, revelou nesta segunda-feira (26) a Aeronáutica Civil da Colômbia (Aerocivil), em um relatório preliminar sobre o acidente.
Relatório preliminar sobre o acidente que deixou 71 mortos também afirma que o plano de voo estava totalmente irregular e que o piloto Miguel Quiroga tinha total consciência de que o combustível na aeronave não era suficiente.
Segundo a investigação, no plano de voo apresentado pelo piloto no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), a autonomia da aeronave era de quatro horas e 22 minutos, exatamente igual ao tempo do voo, quando deveria ter combustível para um percurso mais longo.
Afirmou o secretário de Segurança Aérea da entidade, coronel Fredy Bonilla: “Devia ter uma hora e 30 minutos mais [de combustível] do que o tempo de voo”.
Relatos analisados da caixa preta do avião mostram o piloto e o co-piloto conversando poucos minutos antes da tragédia.
Estranhamente, porém, faltando exatamente um minutos para a tragédia o dialogo foi interrompido, sem nenhum áudio, o que as autoridades aeronáuticas colombianas não sabem responder.
Em suma, por causa de uma economia de R$ 10.000,00, quase toda a delegação que estava a bordo do avião morreu, em face da irresponsabilidade do piloto e das autoridades bolivianas que autorizaram o plano de voo.
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