Temer afirma se pacote de controle de gastos públicos for aprovado dificilmente aumentará carga tributária.
Roberto Ramalho é jornalista e advogado.
O presidente Michel Temer afirmou que o atual governo não tem responsabilidade por desdobramentos da crise econômica.
Em discurso em São Paulo nesta sexta-feira (30.09), o presidente lembrou o déficit primário de R$ 170 bilhões, os trimestres consecutivos de queda no PIB e o desemprego, que chegou a 11,8% no trimestre encerrado em agosto.
Ele defendeu um reequilíbrio das contas e a necessidade de ajustes urgentes, mesmo que sejam aprovadas medidas impopulares.
O destaque foi para o PEC do teto dos gastos, cuja aprovação o presidente vinculou à garantia de que não haverá aumento de impostos.
O teto, segundo Temer, será estendido aos Estados. E declarou não ter dúvidas de que a proposta de emenda parlamentar vai ser aprovada no Congresso.
Disse o presidente para uma platéia de empresários e convidados na revista "Exame": "O Congresso está muito consciente de que todos juntos precisamos trabalhar para sair dessa crise."
Ele foi aplaudido quando disse que não temia ser tachado de impopular ao dizer "todas as verdades" sobre as medidas duras de um ajuste fiscal.
Temer concluiu dizendo: "O governo precisa desse aplauso, de milhões de aplausos, para termos um trabalho adequado junto ao Congresso Nacional e para convencer os setores sociais de que este não é um governo que segmenta pobres e ricos."
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