Governadores do Norte, Nordeste e do Centro-Oeste ameaçam governo Temer e dizem que vão decretar estado de calamidade pública.
Roberto Ramalho é jornalista e colunista do Portal RP-Bahia.
Pelo menos 14 governadores estiveram reunidos nessa terça-feira com o Ministro da Fazenda Henrique Meirelles para cobrar o que afirmam ter sido uma promessa feita pelo presidente Temer antes do impeachment da presidente Dilma.
Eles foram a Brasília exigir que o governo federal libere ajuda de R$ 7 bilhões até a semana que vem.
Eles exigem da União o mesmo tratamento dado ao Rio de Janeiro, que recebeu auxílio por causa da Olimpíada.
Os governadores queriam se reunir com o presidente da República, Michel Temer. Ele, no entanto, não pode recebe-los e delegou a tarefa a Meirelles.
Os governadores também se encontraram com a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Esses governos regionais demandam por uma ajuda extra da União por meio da compensação das perdas do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
O secretário de Fazenda do Rio Grande do Norte, André Horta afirmou em tom de ameaça que os estados já estão com sérias dificuldades financeiras a vários meses e só não decretaram calamidade ainda porque esperavam um auxílio pela União.
Disse o secretário: "Os estados já estão em calamidade. Só seguraram o decreto para não complicar ainda mais a situação do governo. Viemos apresentar essa situação para que o governo decida o que vai fazer sobre isso".
Um dos mais exaltados na reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), declarou que a medida é uma forma de pressionar o governo federal. e arrematou: "Seria péssimo para o país, mas nós precisamos de uma resposta".
Enfim, tudo isso significa que o único culpado, mais uma vez, serão os servidores públicos estaduais.
Só que os governadores em vez de exonerarem milhares de servidores comissionados indicados por parlamentares, prefere não conceder nenhum tipo de reajuste, são incompetentes para administrar a crise e enxugar a máquina pública reduzindo secretarias e despesas de custeio.
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