Proposta de jornada de trabalho de 12 horas tem repercussão negativa no Congresso Nacional. Mas ministro do trabalho desmente.
Roberto Ramalho é jornalista e colunista do Portal RP-Bahia.
Pegou muito mal a declaração do ministro do Trabalho sobre a jornada de trabalho de 12 horas.
Líderes da base aliada do presidente Michel Temer declararam que não vão aprovar medidas que prejudiquem os trabalhadores.
O ministro Rodrigo Nogueira afirmou ontem que a reforma trabalhista formalizará jornadas diárias de até 12 horas.
Na sexta-feira (9), o ministro do Trabalho negou o aumento de jornada: 'nunca esteve em estudo'.
Ronaldo Nogueira afirmou que a interpretação de que haveria aumento na jornada diária de oito para 12 horas surgiu quando ele citou em uma reunião sindical um exemplo de insegurança jurídica.
Ele deu o exemplo dos trabalhadores em hospitais. Segundo ele, uma ação judicial torna nula da decisão da convenção coletiva que define o padrão 12 x 36 horas, e que os hospitais sofrem com ações milionárias pela insegurança jurídica. ‘Aumento de oito para 12 horas na jornada diária seria um absurdo’.
Segundo Nogueira, nenhum dos direitos será alterado e é preciso criar medidas para combater a informalidade. A tese do acordado sobre o legislado, no entanto, nunca esteve no texto da reforma trabalhista, de acordo com o ministro.
Ele declarou em nota oficial que a palavra flexibilizar nunca esteve na reforma. Ronaldo Nogueira, que recebeu a ligação de Michel Temer após a notícia sobre aumento de jornada, diz que a preocupação do presidente é fazer uma reforma que combata a informalidade e o desemprego.
Afirmando que ‘o Brasil não pode esperar mais’, o ministro do Trabalho disse que o texto da reforma será enviado ao Congresso Nacional na primeira quinzena de dezembro.
Muito interessante...
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